ABC | Volume 113, Nº4, Outubro 2019

Artigo Original Santiago et al. Prevalência e fatores associados à hipertensão Arq Bras Cardiol. 2019; 113(4):687-695 Tabela 4 – Distribuição da hipertensão arterial sistêmica segundo variáveis bioquímicas em adultos do Sertão de Pernambuco. Brasil, 2015 Variáveis Hipertensão Arterial Sistêmica Valor de p # n % IC95% Glicemia de jejum 0,000 Normal * 56 28,4 22,2 – 35,3 Tolerância à glicose diminuída e DM † 30 68,2 52,4 – 81,4 Triglicerídeos 0,416 Normal ‡ 32 32,7 23,5 – 42,9 Alto § 54 37,8 29,8 – 46,2 Colesterol total 0,005 Normal // 27 25,7 17,7 – 35,2 Alto ¶ 59 43,4 34,9 – 52,1 IC95%: intervalo de confiança de 95%; DM: diabetes mellitus; * < 100 mg/dL; † ≥ 100 mg/dL ou quando há uso de medicamento hipoglicemiante; ‡ < 150 mg/dL; §  ≥ 150 mg/dL; // < 190 mg/dL; ¶ ≥ 190 mg/dL; # Teste do Qui-quadrado de Pearson. Tabela 5 – Razões de prevalência brutas e ajustadas da hipertensão arterial sistêmica segundo variáveis explanatórias em adultos do Sertão de Pernambuco. Brasil, 2015 Variáveis n Hipertensão Arterial Sistêmica Valor de p § Análise bruta Análise ajustada RP IC95% RP IC95% Idade (anos) 20 – 29 13 1,00 1,00 30 – 39 20 1,05 0,97 – 1,13 1,05 0,97 – 1,13 0,214 40 – 49 25 1,24 1,12 – 1,36 1,24 1,12 – 1,36 0,000 50 – 59 56 1,42 1,31 – 1,53 1,42 1,31 – 1,53 0,000 Classe Econômica * Alta e média 45 1,00 1,00 Baixa 69 1,12 1,05 – 1,20 1,09 1,02 – 1,17 0,007 Tabagismo ativo † Nunca fumou 54 1,00 1,00 Fumante/ex-fumante 60 1,31 1,22 – 1,41 1,11 1,02 – 1,22 0,023 IMC ‡ Sem excesso de peso 29 1,00 1,00 Com excesso de peso 76 1,09 1,02 – 1,17 1,21 1,07 – 1,37 0,003 Glicemia de jejum ‡ Normal 56 1,00 1,00 Tolerância à glicose diminuída e DM 30 1,31 1,19 – 1,44 1,15 1,03 – 1,27 0,012 RP: razão de prevalência; IC95%: intervalo de confiança de 95%; IMC: índice de massa corporal; DM: diabetes mellitus; RP 1,00: referência; * ajustada pela idade, escolaridade e situação laboral; † ajustado pela idade, escolaridade, situação laboral, classe econômica, tabagismo passivo, e nível de atividade física; ‡ ajustado pela idade, escolaridade, situação laboral, classe econômica, tabagismo passivo, e nível de atividade física, IMC, CC, RCEst, glicemia de jejum e colesterol total; §  Regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. embora a associação com o baixo nível de escolaridade tenha perdido significância estatística no modelo multivariado, o mesmo pode representar um fator de risco mais evidente do que a renda, especificamente. 23 Diante disso, ressalta-se a importância de ummaior monitoramento e cuidado com esses grupos mais vulneráveis. O grupo de fumantes e ex-fumantes também se mostrou associado a uma maior prevalência de HAS, assim como em outros estudos brasileiros de base populacional, como mostra o estudo de revisão de Passos et al., 21 Trata-se de um resultado consistente com as evidências científicas em nível experimental, que indicam que o tabagismo pode 692

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