ABC | Volume 113, Nº4, Outubro 2019

Artigo Original Abolhasani et al. Níveis séricos de marcadores na predição de DAC Arq Bras Cardiol. 2019; 113(4):667-674 Notavelmente, sugere‑se que altas concentrações plasmáticas de PAI-1 estão relacionadas com a progressão das síndromes coronarianas e o desenvolvimento de infarto do miocárdio. 26,28 Estudos clínicos e experimentais demonstraramque a deficiência de PAI-1 em humanos é acompanhada por sangramento anormal, enquanto que níveis plasmáticos elevados de PAI‑1 estão associados à trombose vascular, indicando o papel crucial do PAI-1 na estabilização de coágulos hemostáticos. 13 Alémdisso, estudos anteriores mostraramque os níveis de PAI‑1 são significativamente elevados em pacientes com DAC em comparação com controles, e também tem relação significativa com a gravidade da doença. 20,29 Além disso, foi relatado que o PAI-1 é um preditor independente de disfunção microvascular coronária na hipertensão. 30 Nossos resultados sugerem que níveis proeminentes de concentrações de PAI-1 podem ser preditores e marcadores de diagnóstico para DAC. Além disso, o estresse oxidativo tem um papel importante no início e na progressão da aterosclerose. O OX-LDL é mais aterogênico do que o LDL nativo, e se reconheceu que ele se acumula em lesões ateroscleróticas na aorta e nas artérias coronárias de pacientes com DAC. 2,8,17 Além disso, o MDA é produzido a partir da quebra dos lipídios durante os processos de peroxidação, e o MDA sérico é um marcador confiável de danos oxidativos. Achados anteriores também confirmaram o envolvimento da peroxidação lipídica na DAC, referindo-se aos níveis plasmáticos de MDA observados em pacientes com DAC quando comparados com controles saudáveis. Estudos transversais mais recentes demonstraram uma relação positiva entre níveis elevados de OX-LDL e MDA e a gravidade das síndromes coronarianas agudas. 20,31 Ehara et al., 32 relataram que o nível plasmático de OX-LDL em pacientes com DAC aumenta em aproximadamente 3,5 vezes em relação aos Tabela 3 – Área sob Curva do ROC Variável de teste Área SD a Valor de p b Intervalo de Confiança 95% Assintótico Limite inferior Limite superior OX-LDL 0.870 0.032 .000 0.806 0.934 MDA 0.804 0.034 .000 0.738 0.869 PAI-1 0.951 0.010 .000 0.921 0.992 VN 0.799 0.036 .000 0.729 0.869 AS 0.962 0.021 .000 0.921 0.998 PCR-as 0.971 0.032 .000 0.953 0.995 Nota: a . Sob a hipótese não paramétrica, b . Hipótese nula: área verdadeira = 0. OX-LDL: lipoproteína de baixa densidade oxidativa; MDA: malondialdeído; PAI‑1: inibidor do ativador do plasminogênio-1; VN: vitronectina; AS: ácido siálico; PCR-as: proteína C-reativa de alta sensibilidade. Tabela 4 – Eficácia diagnóstica dos parâmetros Índice Critérios positivos Sensibilidade/% Especificidade/% Falso negativo/% Falso positivo/% AS ≥ 89,7 (mg/dL) 94 96 6 4 PCR-as ≥ 3,4 (mg/dL) 94 93 6 7 PAI-1 ≥ 67 (ng/mL) 92 90 8 10 VN ≥ 254 (ng/mL) 70 83 30 17 OX-LDL ≥ 2,67 (ug/mL) 70 75 30 25 MDA ≥ 5,49 (mmol/mL) 74 77 26 23 OX-LDL: lipoproteína de baixa densidade oxidativa; MDA: malondialdeído; PAI-1: inibidor do ativador do plasminogênio-1; VN: vitronectina; AS: ácido siálico; PCR‑as: proteína C-reativa de alta sensibilidade. Tabela 5 – Ensaio combinado de PAI-1, VN, OX-LDL, MDA, AS e PCR-as Índice Sensibilidade/% Especificidade/% OX-LDL, MDA, PAI-1, AS, PCR-as 97 95 OX-LDL, MDA, AS, PCR-as, VN 98 97 OX-LDL, VN, PAI-1, AS, PCR-as 98 97 VN, MDA, PAI-1, AS, PCR-as 97 97 OX-LDL, MDA, PAI-1, VN, AS, PCR-as 99 99 OX-LDL: lipoproteína de baixa densidade oxidativa; MDA: malondialdeído; PAI-1: inibidor do ativador do plasminogênio-1; VN: vitronectina; AS: ácido siálico; PCR‑as: proteína C-reativa de alta sensibilidade. 671

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