ABC | Volume 113, Nº3, Setembro 2019

Artigo Original Santos et al. Hipertensão arterial em comunidades quilombolas Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):383-390 A prevalência de inatividade física neste estudo foi elevada. Provavelmente, a ociosidade nos ambientes rurais deixa os indivíduos inativos grande parte dos meses, por não ser o tempo da safra ou plantio. Este dado corrobora os de pesquisas desenvolvidas em populações rural 29 e quilombola. 30 Este fato pode ter contribuído para que a situação de obesidade e inatividade física propiciasse o surgimento de hipertensão arterial nas comunidades quilombolas em estudo. Tabela 2 – Distribuição de variáveis comportamentais, estilo de vida, perfil antropométrico e fatores de risco em comunidades quilombolas do estado de Sergipe, Brasil, 2016-2017 Variáveis N % Tabagista Sim 145 37,18 Não 245 62,82 Consumo de álcool Sim 237 60,77 Não 153 39,23 Dislipidemia Sim 71 18 Não 318 82 Diabetes melito Sim 36 9,23 Não 354 90,77 Atividade física Leve 172 44,10 Moderada 77 19,74 Vigorosa 141 36,16 Consumo de alimentos gordurosos < 1 vez/semana 130 33,33 1 ou 2 vezes/semana 113 28,98 3 ou 4 vezes/semana 147 37,69 Consumo de doce < 1 vez/semana 185 47,44 1 ou 2 vezes/semana 108 27,69 3 ou 4 vezes/semana 97 24,87 Ingestão diária de alimentos com alto teor de sal Sim 69 17,69 Não 321 82,31 Adiciona sal à comida servida Sim 49 12,56 Não 341 87,44 Categorias de índice de massa corporal Abaixo do peso 11 2,82 Peso normal 145 37,17 Sobrepeso 139 35,64 Obesidade classes I, II e III 95 24,37 Quando avaliado o consumo de sal, ressalta-se que o baixo consumo de sal desta população poderia não estar sendo avaliado na sua veracidade, visto que não foi levado em consideração o consumo de sódio em alimentos processados ou ultraprocessados consumidos diariamente. 31 A associação observada entre tabagismo e hipertensão foi significativa no presente estudo, corroborando os resultados de outros estudos de base populacional. 27,32 Outro dado 387

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