ABC | Volume 113, Nº3, Setembro 2019

Atualização Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):449-663 ( Hands Only ) (Classe de Recomendação IIa; Nível de Evidência B); 1221 e deve ser feita a instalação de um DEA, assim que disponível no local. Uma equipe de SAV ou outra viatura equipada com o DEA deve ser prontamente disponibilidade e enviada ao local. 1220,1221 (Classe de Recomendação IIa; Nível de Evidência C). O médico regulador não deve pedir para o leigo checar pulso, pois o índice de erros é alto. Deve orientar o início das compressões torácicas por telefone se a vítima estiver inconsciente, sem respirar ou com respiração agônica. Pedir calma e informar que ambulância já está a caminho e que as manobras de RCP não devem ser interrompidas até sua chegada no local. Mantenha o solicitante na linha para orientações e informações complementares. 1220 Nos casos clínicos em que a vítima está inconsciente, mas respira de forma normal como se estivesse dormindo, o médico regulador deve enviar a equipe de SAV e orientar a abertura das vias aéreas, por meio da elevação da mandíbula, com inclinação da cabeça para trás na posição de recuperação em decúbito lateral até a chegada da equipe no local. 1221 Despacho O médico regulador envia os recursos necessários, respeitando a gravidade e quando houver a necessidade de apoio de outros órgãos, como Corpo de Bombeiros, polícia, dentre outros. Outras instituições, como serviços de resgate privados ou públicos, podem ser acionadas, considerando a gravidade da ocorrência e o número de vítimas. 1215 Atendimento no Local Ações necessárias para estabilização da vítima no local do atendimento devem demorar o menor tempo possível. Regulação do Hospital de Referência Verifica o melhor recurso e a disponibilidade de vaga, determinando o serviço a ser encaminhado, comunicando as condições da vítima com tempo estimado da chegada ao hospital determinado. Dessa forma, preferencialmente o contato deve ser feito de médico a médico. Rede Hospitalar Não é necessário o contato prévio dos casos considerados rotineiros, em que a pactuação prévia da rede já determina a unidade de saúde como referência. O conhecimento da rede hospitalar de referência é de extrema importância. Transporte O tempo gasto entre o local e o hospital de referência deve ser o menor possível. O Código Nacional de Trânsito, inclusive com o limite de velocidade da via, deve ser respeitados por ambulâncias. Todos os tripulantes da viatura devem utilizar o cinto de segurança. A maca deve estar fixa em trava apropriada, e o paciente, preso pelos cintos de segurança. Entrega Passagem do caso pela equipe de APH para equipe de emergência. Recuperação de Materiais e Limpeza da Viatura Após a entrega do paciente, a equipe de APH necessita se colocar a disposição, o mais rápido possível, podendo depender de liberação da maca e outros materiais, para deixar o hospital em condições de realizar outro atendimento. A) Inter-Relacionamento do Pronto-Socorro e o Atendimento Pré-Hospitalar É importante o inter-relacionamento das equipes do APH e do pronto-socorro em todas suas fases do atendimento. O médico regulador pode evitar o transporte inadequado com prejuízos a vítima e o desgaste das equipes envolvidas. Ressaltamos que o socorro adequado é a “Vítima certa para o hospital certo”. Na primeira fase do atendimento, ou seja, no acionamento, a Central de Regulação pode fazer contato de ALERTA, ao ser confirmada a presença de uma ou mais vítimas potencialmente graves, com intuito de que a equipe inicie os preparativos para a recepção desses pacientes. B) O Atendimento Pré-Hospitalar Diferente da equipe de atendimento dos serviços de resgate, como o SAMU, que tem treinamento específico para atuar fora do hospital em condições adversas, qualquer médico, independente da especialidade, pode deparar-se com uma situação de emergência. Salientamos que o treinamento de SBV deve ser de conhecimento de todos os profissionais de saúde. 18.6. Ações ao se Deparar com um Acidente ou Atendimento Fora do Hospital O atendimento a emergências pode ocorrer em diferentes locais e situações. O profissional médico necessita ser capaz de avaliar a segurança do local. A regra a ser seguida é a dos “3s”: segurança, situação e scene (cena). 1222 Nesse momento, preocupe-se com os seguintes fatos: • Sinalize o local. Em muitas ocorrências é a melhor ajuda para evitar novas vítimas. Durante o dia, utilize bandeiras, camisas, toalhas de cores fortes a 100 m da ocorrência, sem entrar na faixa de rolamento e, durante, a noite use lanternas. Nunca pare seu veículo sobre a faixa para sinalizar, pois são comuns outras colisões. • Só entre na faixa de rolamento quando estiver certo de que a cena está segura. • Peça ajuda pelo sistema de emergência local. Informe sobre a cena, o número de vítimas, a localização exata da ocorrência e os recursos necessários. • Cuidado com cabos elétricos. Quando houver colisões em postes, a empresa responsável deve ser acionada. Não toque nos cabos e não tenha contato com áreas que possam conduzir eletricidade. 605

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