ABC | Volume 113, Nº3, Setembro 2019

Atualização Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):449-663 por estarem com venóclise, oxigenoterapia, entre outros e ao APH de pacientes com risco desconhecido, não classificado, com potencial de necessitar de intervenção de um profissional de saúde no local e/ou durante transporte. Tripulada por motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem capacitado. • Viatura tipo C - Ambulância de Resgate: atendimento de urgências pré-hospitalares para vítimas de acidentes ou pacientes clínicos em locais de difícil acesso, que necessitem de equipamentos de salvamento. Tripulada por ummotorista e dois profissionais treinados em salvamento. • Viatura tipo D – Ambulância de Suporte Avançado: atendimento e transporte de pacientes com risco de morte conhecido em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar, que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos necessários, como respirador, desfibrilador e medicações, para o atendimento de emergência no local ou durante o transporte. Tripulada por motorista, médico e enfermeiro. • Viatura tipo E – Aeronave de Transporte Médico: de asa fixa ou rotativa, utilizada para transporte inter-hospitalar, e de asa rotativa, para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pela Agência Nacional de Aviação Comercial (ANAC). A tripulação deve ter treinamento específico e estar certificada pela ANAC como operador de equipamento especial. No Brasil, somente as aeronaves militares têm autorização para fazer resgate em locais não homologados. Já as transferências inter-hospitalares devem ser entre locais homologado, conforme normas da ANAC. Tripulada por piloto, médico e enfermeiro. • Viatura tipo F – Embarcação de Transporte Médico: veículo motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. Precisa possuir os equipamentos médicos necessários à assistência de pacientes conforme sua gravidade. Tripulada de acordo com a classificação - Básica ou Avançada. • Veículos de Intervenção Rápida: veículos leves, rápidos ou de ligação médica com equipamentos que possibilitem oferecer SAV nas ambulâncias dos tipos A, B, C e F. A finalidade é melhorar o tempo resposta em situações com risco de morte, tanto no atendimento primário como no apoio às viaturas de Suporte Básico. Não se destinam ao embarque e nem ao transporte de pacientes. Tripulados por motorista, médico e enfermeiro. 18.5. Etapas do Atendimento Pré-Hospitalar 1215 18.5.1. Pedido de Ajuda e Acionamento Por meio de um chamado, a vítima de um agravo à saúde ou um solicitante pede ajuda, pelo telefone 192. Ele é atendido pelo TARM e regulado por um médico. No Brasil, o telefone 192 é o número de emergência nacional para agravos de saúde, mas vários locais ainda não contam com o SAMU, sendo importante saber previamente o número de emergência local, que pode ser do Corpo de Bombeiros por meio do número 193. Lembramos que o chamado de ajuda é o primeiro elo da corrente de sobrevida e precisa ser amplamente divulgado e fácil de memorizar. Os cidadãos necessitam ter conhecimento prévio sobre o serviço de emergência, compreendendo que responder as perguntas do TARM e do médico regulador se faz necessário para o envio do recurso adequado. 18.5.2. Regulação e Aconselhamento Médico O TARM colhe informações básicas para o atendimento por meio de um questionário breve, que dura por volta de 30 segundos a 1 minuto. Após, o médico recebe a ligação, avaliando e presumindo a gravidade de cada caso, para o envio de recursos necessários. Caso o médico regulador decida que não se trata de um caso de urgência ou emergência, ele realiza o aconselhamento médico. A seguir, breves considerações sobre este recurso: • Omédico regulador pode orientar e aconselhar o paciente, se não julgar necessário o envio de viaturas, transmitindo segurança ao solicitante nos casos que não caracterizar urgência ou emergência, e direcionando o paciente para a rede básica de saúde, se julgar necessário. • O médico regulador deve transmitir tranquilidade e segurança, orientando o solicitante ou o paciente que se encontra consciente a manter a calma e a se manter na posição em que ele se sentir mais confortável, definindo as queixas e enviando os recursos necessários com as hipóteses do agravo à saúde. 18.5.3. Reconhecimento e Ações do Médico Regulador em Casos de Vítimas com Dor Torácica Solicitações de pedido de ajuda para pacientes com dor torácica sugestiva de SCA devem ter prioridade no envio da viatura, com a chegada o mais breve possível de um desfibrilador no local. A recomendação é do envio do recurso com prioridade, já que 51% dos pacientes apresentam parada cardíaca por arritmia antes da chegada no hospital. O médico regulador pode orientar o paciente a tomar 200 mg de AAS não tamponado antes da chegada da equipe no local, exceto nos casos de alergia ou sangramento ativo conhecidos. 1218 O transporte de um paciente com dor torácica em um veículo particular é considerado alternativa aceitável, em um local onde um veículo de emergência demora mais do que 20 a 30 minutos. 1219 18.5.4. Reconhecimento e Ações do Médico Regulador em Casos de Vítimas com Parada Cardiorrespiratória 1220 Nos casos de solicitação para vítimas inconscientes, o questionário deve ser rápido e objetivo, para o reconhecimento de pessoas em parada cardíaca. Medidas iniciais de ressuscitação devem ser orientadas, e o envio do recurso adequado deve ser feito o mais rápido possível. Pergunte: “A vítima esta acordada? A vítima respira de forma normal, igual quando esta dormindo? Ou respira de forma estranha, agônica?” Para vítimas inconscientes que não respiram de forma normal, o solicitante deve ser orientado a iniciar as compressões torácicas fortes e rápidas, sem interrupções 604

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