ABC | Volume 113, Nº3, Setembro 2019

Atualização Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):449-663 técnicos de emergência ( EMT/paramedics ), conhecidos como “paramédicos”. 1215,1216 Segundo a legislação brasileira, a regulação médica e intervenções como IOT, desfibrilação convencional, procedimentos cirúrgicos e prescrição de medicamentos só podem ser realizadas por médicos. 1215 Esta diretriz baseia-se nas legislações nacionais, as quais diferem das internacionais para o APH e de transporte de pacientes. Assim, recorremos a algumas adaptações, para definir tais procedimentos considerados como sendo médicos, no Brasil. 18.2. Regulação Médica das Urgências e Emergências A portaria GM/MS 2.048 define que a Central de Regulação Médica é o elemento ordenador e orientador dos Sistemas Regionais e Estaduais de Urgência e Emergência, organizando a relação entre os vários serviços, qualificando o fluxo dos pacientes no sistema de saúde e garantindo acesso aos pedidos de socorro. Todas as instituições que APH devem pautar-se na portaria mecionada. Todos os agravos a saúde de causa clínica, traumática, psiquiátrica, dentre outros, devem ter acesso, por meio do telefone 192, à Central de Regulação Médica, a qual tem que acolher a pessoa que solicita por ajuda, assistindo-a em sua necessidade e redirecionando-a para os locais adequados à continuidade do tratamento. 1215 18.3. O Médico Regulador 1215 A regulação médica é de responsabilidade do profissional médico, que necessita ser capacitado para exercer essa função com qualidade, julgando e discernindo o grau presumido de urgência e prioridade de cada caso, segundo as informações disponíveis. As funções do médico regulador são: julgar e decidir sobre a gravidade de um caso que lhe está sendo comunicado via rádio ou telefone, estabelecendo uma gravidade presumida; enviar os recursos necessários ao atendimento, considerando as necessidades e ofertas disponíveis; monitorar e orientar o atendimento feito por outro profissional de saúde habilitado por profissional da área de segurança ou bombeiro militar ou, ainda, por leigo que encontra-se no local da situação de urgência; definir e acionar o serviço de destino do paciente, informando-o sobre suas condições e previsão de chegada; avaliar a necessidade ou não do envio de meios móveis de atenção; reconhecer que, como a atividade do médico regulador envolve o exercício da telemedicina, expõe-se à gravação contínua das comunicações, ao correto preenchimento das fichas médicas de regulação e das fichas de atendimento médico, e ao seguimento de protocolos institucionais consensuados e normatizados, que definam os passos e as bases para a decisão do regulador; estabelecer claramente, em protocolo Quadro 17.1 – Padronização do carro de emergência na unidade de internação Finalidade Prioridade Pacientes adultos Avaliação e diagnóstico 1 Desfibrilador externo automático; material de proteção individual (luvas, máscaras e óculos); monitor/desfibrilador com marca- passo externo (com monitorização nas pás com, no mínimo, três derivações e onda bifásica) 2 Oxímetro de pulso 3 Gerador de marcapasso; glicosímetro capilar Controle de vias aéreas 1 Cânula orofaríngea (números 3 e 4); bolsa-válvula-máscara com reservatório de oxigenio Tubo endotraqueal (números 6,0 a 9,0); cânula para traqueostomia (números 6,0 a 9,0) Laringoscópio com lâmina curva números 3 e 4; máscara de oxigênio com reservatório Cânula nasal, tipo óculos; umidificador; nebulizador Extensão para nebulizador; extensão de PVC para oxigênio Cânula de aspiração flexível número 12 ou 10; fixador de cânula orotraqueal 2 Sonda nasogástrica número 16 ou 18; capnográfo 3 Máscara laríngea de adulto Acesso vascular e controle circulatório 1 Cateter intravenoso periférico números 14, 16, 18, 20, 22; torneirinhas Agulha de cateter intravenoso central (para caso de tamponamento e/ou pneumotórax hipertensivo) Soro fisológico 1.000 mL, Ringer com lactato 1.000 mL, soro glicosado 5% 500 mL Equipo macrogotas; equipo para hemoderivados; bureta Seringa de 3 mL, 5 mL, 10 mL e 20 mL; agulha 40×12 ou 25×12, para aspiração Gases; fita microporosa Medicamentos 1 Água destilada 10 mL (ampola); água destilada 250 mL (frasco) Água destilada 500 mL (para nitroglicerina), frasco Aspirina 300 mg; atropina 0,5 mg; adrenalina 1 mg Amiodarona; lidocaína; adenosina Betabloqueador (metoprolol); nitroglicerina; nitroprussiato de sódio Cloreto de cálcio; gluconato de cálcio; sulfato de magnésio Bicarbonato de sódio; glicose 50%; furosemida Broncodilatador (fenoterol, salbutamol) 2 Diazepan; morfina; midazolan fentanil (sedação em geral) Dobutamina; dopamina 3 Naloxone; pancurônio Bloqueador de canal de cálcio (diltiazeme verapamil); Manitol 601

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