ABC | Volume 113, Nº3, Setembro 2019

Atualização Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):449-663 Quadro 14.4 – Recomendação para reposição volêmica na insuficiência cardíaca aguda 1088,1089 Recomendação Classe de Recomendação Nível de Evidência Reposição volêmica nos pacientes com comprovação de hipovolemia I C Valores baixos de PVC e ou POAP (< 5 mmHg), associados a hipofluxo tecidual, indicam infusão hídrica imediata I C Uso de medidas dinâmicas para avaliação da responsividade cardiovascular e volume IIa C Prova de volume com infusão rápida de 250 mL de cristaloide na suspeita de hipovolemia IIa C A avaliação do DC para orientação da RV está indicada quando há suspeita de sobrecarga volêmica e/ou manutenção da hipoperfusão após ressuscitação inicial IIb C Utilização de valores médios da PVC para guiar a ressuscitação volêmica. III B PVC: pressão venosa central; POAP: pressão de oclusão da artéria pulmonar; DC: débito cardíaco; RV: resistência vascular. Quadro 14.5 – Recomendação do uso do betabloqueador (BB) na insuficiência cardíaca aguda 1088,1089 Recomendação Classe de Recomendação Nível de Evidência Iniciar BB, sempre que possível, naqueles que não estavam em uso prévio, após compensação clínica/melhora da congestão pulmonar e sistêmica, ainda durante a internação I A Manter a dose de BB em pacientes que já estejam em uso crônico e que, sob nova descompensação, apresentam-se sem sinais de baixo débito I C Suspender o BB naqueles pacientes que já estejam em uso crônico e apresentem choque cardiogênico I C Após estabilização do quadro, manter BB com redução de 50% da dose naqueles pacientes que estavam em uso crônico e apresentavam sinais de baixo débito I C Iniciar BB precocemente naqueles que não estejam em uso prévio e apresentem choque cardiogênico, instabilidade hemodinâmica grave ou, ainda, na persistência da congestão, apesar do tratamento III B Quadro 14.6 – Indicação de vasodilatadores endovenosos na insuficiência cardíaca (IC) aguda 1088,1089 Recomendação Classe de Recomendação Nível de Evidência Nitroglicerina para o tratamento da IC descompensada em pacientes sem hipotensão I B Nitroprussiato para o tratamento da IC descompensada associada à emergência hipertensiva, sem evidência de isquemia miocárdica aguda. I B Nitroprussiato em pacientes em uso de monitorização hemodinâmica invasiva e resistência vascular periférica aumentada, associada ou não a inotrópicos. I B Nitroglicerina para o tratamento da IC descompensada em pacientes sem hipotensão I B Nitroprussiato para o tratamento da IC descompensada associada à emergência hipertensiva, sem evidência de isquemia miocárdica aguda I B Tabela 14.4 – Dose de vasodilatadores endovenosos da insuficiência cardíaca aguda 1088,1089 Vasodilatadores Dose inicial Dose máxima Nitroglicerina 0,2 μg/kg/minuto Titular até melhora ou PAS < 90 mmHg Nitroprussiato de sódio 0,3 μg/kg/minuto Titular até melhora ou PAS < 90 mmHg PAS: pressão artéria sistêmica. 14.6. Conclusão A inclusão do capítulo de ICA na Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência 2019 é fundamental, por ser doença de altíssima taxa de internação, morbidade e mortalidade. As recomendações descritas nesta diretriz foram elaboradas a partir da construção da I Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Aguda 1088,1089 e têm como finalidade sistematizar o diagnóstico e o tratamento aos pacientes em ICA que procuram atendimento de emergência. 590

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