ABC | Volume 113, Nº3, Setembro 2019

Atualização Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):449-663 Quadro 13.1 – Material necessário para reanimação neonatal na sala de parto Sala de parto e/ ou de reanimação com temperatura ambiente de 23-26 o C Mesa de reanimação com acesso por 3 lados Fontes de oxigênio umidificado e de ar comprimido, com fluxômetro Blender para mistura oxigênio/ar Aspirador a vácuo com manômetro Relógio de parede com ponteiro de segundos Material para manutenção de temperatura Fonte de calor radiante Termômetro ambiente digital Campo cirúrgico e compressas de algodão estéreis Saco de polietileno de 30 × 50 cm para prematuro Touca de lã ou algodão Colchão térmico químico 25 × 40 cm para prematuro < 1.000 g Termômetro clínico digital Material para avaliação Estetoscópio neonatal Oxímetro de pulso com sensor neonatal Monitor cardíaco de três vias com eletrodos Bandagem elástica para fixar o sensor do oxímetro e os eletrodos Material para aspiração Sondas traqueais números 6, 8 e 10 e gástricas curtas números 6 e 8 Dispositivo para aspiração de mecônio Seringas de 10 mL Material para ventilação Reanimador manual neonatal (balão autoinflável com volume máximo de 750 mL, reservatório de oxigênio e válvula de escape com limite de 30 a 40 cmH 2 O e/ ou manômetro) Ventilador mecânico manual neonatal em T com circuitos próprios Máscaras redondas com coxim números 00, 0 e 1 Máscara laríngea para recém-nascido número 1 Material para intubação traqueal Laringoscópio infantil com lâmina reta números 00, 0 e 1 Cânulas traqueais sem balonete, de diâmetro interno uniforme 2,5/ 3,0/ 3,5 e 4,0 mm Material para fixação da cânula: fita adesiva e algodão com soro fisiológico Pilhas e lâmpadas sobressalentes para laringoscópio Detector colorimétrico de dióxido de carbono expirado Medicações Adrenalina 1/10.000 em 1 seringa de 5,0 mL para administração única endotraqueal Adrenalina 1/10.000 em seringa de 1,0 mL para administração endovenosa Expansor de volume (soro fisiológico) em 2 seringas de 20 mL Material para cateterismo umbilical Campo fenestrado esterilizado, cadarço de algodão e gaze Pinça tipo kelly reta de 14 cm e cabo de bisturi com lâmina número 21 Porta-agulha de 11 cm e fio agulhado mononylon 4.0 Cateter umbilical 3,5 F, 5 F e 8 F de PVC ou poliuretano Torneira de três vias Outros Luvas e óculos de proteção individual para os profissionais de saúde Gazes esterilizadas e álcool etílico Cabo e lâmina de bisturi Tesoura de ponta romba e clampeador de cordão umbilical utilizada para decidir procedimentos na sala de parto, uma vez que essa avaliação é subjetiva e não tem relação com a SatO 2 ao nascimento. 1068 13.4. Clampeamento do Cordão Umbilical Ao nascimento, se o RN for prematuro tardio, de termo ou pós-termo e estiver respirando ou chorando, com tônus muscular em flexão, independentemente do aspecto do líquido amniótico, ele apresenta boa vitalidade. Neste caso, recomenda-se o clampeamento de cordão 1 a 3 minutos após o nascimento. 1069 Durante o clampeamento, deixar o RN em contato pele a pele sobre o abdome ou tórax da mãe, e cobri-lo com campos secos e pré-aquecidos, em temperatura ambiente de 23 a 26 o C, para evitar a perda de calor. 1061,1062 O clampeamento tardio de cordão em prematuros < 34 semanas de idade gestacional com boa vitalidade ao nascer após 30 segundos resulta em menor frequência de pacientes com hemorragia intracraniana e enterocolite necrosante, além de diminuição do número de transfusões sanguíneas. 1070 Dessa maneira, se o pré-termo começou a respirar ou chorar e está ativo, recomenda-se o clampeamento do cordão umbilical, depois de 30 a 60 segundos. 1061-1066 Se a circulação placentária não estiver intacta (descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, ou rotura ou prolapso ou nó verdadeiro de cordão), ou se o RN não iniciar a respiração ou não mostrar atividade/tônus muscular adequado, recomenda-se o clampeamento imediato do cordão. 1061-1066 13.5. Passos Iniciais da Estabilização/Reanimação Todos os pacientes prematuros ou pós-termo e aqueles de qualquer idade gestacional sem vitalidade adequada ao nascer (respiração ausente/irregular ou tônus diminuído) precisam ser conduzidos à mesa de reanimação, indicando-se os seguintes passos: prover calor e manter as vias aéreas pérvias (posição da cabeça em leve extensão e, se necessária, aspiração do excesso de secreção da boca e narinas). Tais passos devem ser executados em, no máximo, 30 segundos, com o paciente em decúbito dorsal horizontal a zero grau, sem lateralização da cabeça. O primeiro passo consiste em manter a temperatura corporal entre 36,5 e 37,5 o C (normotermia), evitando-se tanto a hipertermia como a hipotermia. 1061-1066 Para diminuir a perda de calor, é importante pré-aquecer a sala de parto e a sala onde serão realizados os procedimentos de reanimação, mantendo temperatura ambiente de 23 a 26 o C. Após o clampeamento do cordão, o RN é levado em campo seco aquecido e colocado sob calor radiante. Nos neonatos ≥ 34 semanas de idade gestacional, após a colocação sob fonte de calor radiante e as medidas para manter as vias aéreas pérvias, secar o corpo e a região da fontanela, e desprezar os campos úmidos. Em RN < 34 semanas de idade gestacional, a presença de temperatura corporal abaixo de 36,0 o C, considerada hipotermia, 1071 na admissão à UTI neonatal, é fator independente de risco para mortalidade e morbidade. 1072,1073 Assim, após recepcionar o RN < 34 semanas em campos aquecidos e coloca-lo sob calor radiante, sem secar, introduz- 577

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