ABC | Volume 113, Nº3, Setembro 2019

Editorial Rochitte et al. À coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (CAPES) Arq Bras Cardiol. 2019; 113(3):333-334 atualização a cada 4 (quatro) anos, respeitando pré-requisitos qualitativos, como produção científica e atividade acadêmica. O total de artigos publicados peloABCCardiol recentemente reflete a robusta linha editorial deste periódico, com 185, 242 e 187 artigos publicados em 2017, 2018 e no ano corrente, respectivamente. O crescente interesse em publicar nos ABC é demonstrado claramente pelo número ascendente de artigos submetidos à revista – 650 em 2017, 771 em 2018 e 734 no ano de 2019. A taxa de aceitação atual é inferior a 20% dos artigos submetidos e aproximadamente 30% das rejeições são transferidas para periódicos da família ABC, o IJCS e ABC imagem cardiovascular, contribuindo para a qualidade científica desses periódicos parceiros nacionais. O número de artigos originais publicados nos ABC nos anos de 2017, 2018 e 2019, foram, respectivamente, 96 (65 provenientes de programas de pós-graduação), 98 (53 de pós-graduação) e 40 (32 de pós-graduação). Assim, aproximadamente 65% dos artigos originais publicados pelo ABC Cardiol são contribuições de programas de pós‑graduação. Esses dados demonstram a adequação dos ABC ao exigente grau de exigência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) quanto à qualidade da produção intelectual dos programas de pós‑graduação emCardiologia, incluindo artigos publicados em periódicos científicos. O desafio de responder às demandas impostas pela coordenação requer um esforço conjunto dos Programas de Pós-Graduação (PPGs) e das sociedades médicas, no sentido de permitir que a produção científica oriunda dos programas de PPG de todas as instituições acadêmicas seja divulgada e reconhecida pelos pares internacionais e nacionais. Os ABC vêm seguindo tendências mundiais da ciência aberta ( open science ) para valorizar publicações que tornam dados científicos universalmente disponíveis. Como exemplo, a Comunidade Europeia tem o objetivo de tornar toda sua produção científica aberta até 2020, assim como grandes instituições financiadoras de pesquisa, como o National Institute of Health (NIH), que já exige a publicação aberta de todos os dados científicos produzidos em projetos por ele financiados. Deveríamos estimular os periódicos nacionais, para que esses aumentassem seu Fator de Impacto e se colocassem em patamares mais altos na representação da ciência mundial. Ainda, ressalta-se a importância da divulgação das pesquisas brasileiras na área das doenças cardiovasculares (DCV), que representam a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo . Um dos quesitos valorados pela CAPES é a inserção social dos PPGs, com o intuito de promover a melhoria das condições de vida da população. No entanto, as pesquisas nacionais voltadas para essa população, com características socioeconômicas peculiares, raramente obtêm interesse da comunidade internacional. Sua divulgação necessitaria ser impulsionada pelo sistema de avaliação da CAPES, fortalecendo, assim, uma rede nacional de intercâmbio. Este papel social é claramente preenchido pelos ABC. Nesse sentido, seria desejável que a CAPES, por meio do Qualis, criasse um sistema de valorização dos ABC, o principal periódico para o combate à epidemia das doenças cardiovasculares, permitindo que experiências exitosas no combate a essas doenças fossem compartilhadas. Finalmente, os ABC são verdadeiramente um periódico de “classe mundial”, com 70 anos de história, com intensa internacionalização, apoio incondicional da SBC e com a maioria dos seus artigos advindos de PPGs. Constitui-se no periódico mais importante e de maior Fator de Impacto em Cardiologia e Ciências Cardiovasculares do Brasil e da América Latina. É sem dúvida o periódico ideal para veicular a produção científica dos PPGs. A classificação atual dos ABC em nível B1 desestimula os autores, particularmente dos PPGs, a publicarem seus artigos em um periódico com sede no Brasil, de reconhecido fator de impacto e fortemente internacionalizado, em comparação a outros periódicos nacionais e internacionais de medicina geral com fator de impacto muito próximos ou mesmo inferiores e que recebem classificação em nível superior da CAPES. Portanto, essa dificuldade imposta pela classificação da CAPES, limita a pós-graduação na utilização de periódicos nacionais e de especialidade, como os ABC. Acreditamos que o nível A2 contempla periódicos de semelhante reputação científica ao ABC e seria omais adequado para sua classificação. Finalmente, é da opinião dos autores desse editorial e de grande parte dos programas de pós-graduação em Cardiologia do Brasil, que solicitemos respeitosamente, a revisão desta mais recente classificação do periódico ABC com o intuito de promover benefício direto para a comunidade científica nacional e, em particular, aos PPGs de todo Brasil. 1. Rochitte CE. Fator de Impacto JCR Recém-divulgadoMostra Aumento Forte e Estável para a ABC - Cardiol - 1.679 - UmNovo RegistroHistórico. Arq Bras Cardiol. 2019; 113(1):1-4 Referência Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da licença de atribuição pelo Creative Commons 334

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