ABC | Volume 113, Nº2, Agosto 2019

Artigo Original Casonatto et al. Citrulina e hipotensão pós-exercício Arq Bras Cardiol. 2019; 113(2):218-228 investigador, de acordo com procedimentos descritos pela American Heart Association . 25 Os participantes receberam instruções para manter o braço estendido durante as medidas. O aparelho foi calibrado por comparação direta com um esfigmomanômetro de mercúrio, por um técnico treinado, de acordo com as recomendações. 25 O monitor foi configurado para registrar a PA sistólica e diastólica e a FC a cada 20 minutos durante o “dia” (08:00 às 23:00) e a cada 30 minutos durante a “noite” (23:00 às 08:00) para reduzir distúrbios no sono. A tela do dispositivo foi eletronicamente ocultada para evitar feedback . Todos os participantes foram instruídos a registrar e relatar seu tempo de sono em um diário no dia seguinte. Os dados foram gravados na memória do dispositivo e, em seguida, enviados para um computador, através de um software específico (Aplicativo Dyna Mapa - Versão 5.0.382.12), para análise. A média das leituras válidas ficou acima de 90% para todos os participantes. Análise estatística Assumindo um desvio padrão (DP) de 5 mmHg 26 para a PA sistólica, um alfa de 5% e um poder estatístico desejado de 80% para detectar uma diferença mínima de 7 mmHg, 26 para cada grupo foram necessários 7 indivíduos. O teste de Shapiro‑Wilk foi empregado para avaliar a normalidade da distribuição dos dados. Os dados são apresentados no texto como média e DP. O teste de homogeneidade de Levene foi aplicado antes da ANOVA unidirecional. Os testes de comparações múltiplas de Turkey (caso a homogeneidade tenha sido determinada) ou de Games-Howell (caso a homogeneidade não tenha sido determinada) foram empregados para examinar diferenças entre pares de ensaios. O tamanho de efeito do teste t pareado foi calculado (d = média/DP). Os resultados dos períodos (60 minutos, acordado, dormindo e 24 horas) foram obtidos pela média dos respectivos períodos. A significância estatística foi definida como p < 0,05. Para avaliar a responsividade interindividual da PA, primeiro avaliamos a reprodutibilidade da PA pré-exercício entre os minutos “-10” e “0” das medidas de PA em repouso (ver Figura 1). Para essa análise, foram considerados os coeficientes de correlação intraclasse (ICC, modelo 2, k), coeficiente de variação (CV) e erro padrão da medida (EPM). O CV entre as medidas de PA pré-exercício foi calculado da seguinte forma: CV = 100x(2x(DP d /√ 2 )/(X 1 +X 2 ). O DP d representa o DP das diferenças entre as 2 medições, e X 1 e X 2 representam a média de 2 medições, respectivamente. EPM=DPx√(1-ICC), com DP representando o desvio-padrão da primeira medida da PA pré-exercício, sendo utilizado como uma medida de variabilidade, mas principalmente para o cálculo da mínima mudança detectável (MMD). A MMD, que é a mudança mínima necessária para fornecer confiança de que os resultados não são uma variação aleatória ou erro de medição, foi calculada da seguinte forma: MMD = z-escore(IC95%)xEPMx√2. Todos os procedimentos acima mencionados foram adotados de acordo com Haley e Fragala-Pinkham 27 e Darter et al., 28 Os participantes foram considerados como “respondedores” se a PA atingisse um valor igual ou superior à MMD. A análise estatística foi realizada utilizando o sistema SPSS, versão 20, para Windows . Resultados A intensidade do exercício foi reduzida para três participantes (15 [EC], 18 e 19 [EP]) porque relataram PSE ≥ 15. A intensidade do exercício baseada na FC de reserva variou entre 51-59% durante o tempo (9 ± 3 minutos) em que eles não conseguiram manter 60-70% da FC de reserva. Os resultados das variáveis relacionadas ao cálculo da MMD foram: 0,915 (ICC), 5,08 (CV), 5,25 (EPM) e 2,37 (MMD) para PA sistólica, e 0,846 (ICC), 5,64 (CV), 3,74 (EPM) e 1,69 (MMD) para PA diastólica. A Tabela 2 apresenta as alterações absolutas e relativas da PA nos diferentes grupos experimentais. Uma redução significativa na PA sistólica foi identificada para o grupo EC quando comparada com o CP nos primeiros 60 minutos (alterações relativas) após a sessão experimental. Os mesmos efeitos de redução foram observados ao longo de 24 horas (mudanças absolutas) e para os períodos “acordado” e 24 horas, considerando as mudanças relativas (Δ% Acordado e Δ% 24 horas) em comparação com o grupo CP. Não foram encontradas diferenças significativas para o CC e EP. A Tabela 3 apresenta os tamanhos de efeito do teste t pareado (repouso vs . 60 min, “acordado”, “dormindo” e 24 horas) para cada grupo experimental. Considerando a PA sistólica, o grupo CP apresentou um efeito significativo no grupo “dormindo” e 24 horas, o grupo EP mostrou efeito significativo para os grupos “acordado” e “dormindo”, e o EC mostrou efeito significativo para todos os períodos (60 min, “acordado”, “dormindo” e 24 horas). Além disso, considerando a PA diastólica, o grupo CP apresentou efeito significativo para o grupo “dormindo”, o CC apresentou efeito significativo para 60 min, “dormindo” e 24 horas, o grupo EP apresentou efeito significativo para “acordado” e “dormindo”, e o EC apresentou um efeito significativo. para os grupos “acordado”, “dormindo” e 24 horas. As porcentagens de “respondedores” e “não‑respondedores” nos diferentes grupos experimentais para diferentes períodos de tempo (60 min, “acordado”, “dormindo” e 24 horas) são mostradas na tabela 4. As porcentagens dos “respondedores” da PA sistólica variaram de 20% (CC) a 90% (EC) para 60 min; 60% (CC e EP) a 100% (EC) para “acordado”; 60% (CC e EP) a 90% (EC) para “dormindo”; e 60% (CC e EP) a 90% (EC) para 24 horas. As porcentagens dos respondedores de PA diastólica variaram de 10% (CC) a 40% (CP) para 60 min; 50% (CP) a 100% (EC) para “acordado”; 70% (CP) a 100% (CC e EC) para “dormindo”; e 60% (CP) a 100% (EC) para 24 horas. As alterações absolutas da PA sistólica e diastólica para cada grupo experimental nos grupos 60 min, “acordado”, “dormindo” e 24 horas são apresentadas nas Figuras 1 (sistólica) e 2 (diastólica). Todos os participantes do grupo EC demonstraram uma redução na PA sistólica nos grupos 60 min, “acordado” e 24 horas. Para o período de sono, apenas um participante do EC (número 23) não apresentou redução na PA sistólica (Figura 2). 221

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