ABC | Volume 113, Nº2, Agosto 2019

Artigo Original Kul et al OPS e diabetes tipo 2 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(2):207-215 onda A e A’ septal foram maiores no grupo OPS-positiva. As razões Em para Am e E' para A' septal foram maiores no grupo OPS‑negativa. O IPM mostrou-se mais alto no grupo OPS‑positiva (0,52 ± 0,13 vs 0,63 ± 0,17, p < 0,001) (Figura 3). Análise univariada mostrou que presença de OPS estava associada ao IPM anormal (p = 0,031) (Tabela 3). Além disso, a prevalência de DVE subclínica foi maior no grupo OPS-positiva (p = 0,029). A correlação de Pearson mostrou a velocidade da OPS significativamente correlacionada com as velocidades da onda A mitral (r: 0,402, p < 0,001) e A' septal (r: 0,493, p < 0,001). A velocidade da OPS foi correlacionada com o IPM (r: 0,286, p = 0,006) (Figura 4). A correlação de Spearman mostrou correlação negative e estatisticamente significativa da velocidade da OPS com as razões Em para Am (r: –0,527, p < 0,001) e E' para A’ septal (r: –0,572, p < 0,001). Discussão Demonstramos uma prevalência geral de OPS de 69% entre pacientes com DM2 com fração de ejeção do VE preservada. Os pacientes que apresentaram OPS tiveram prevalência significativamente maior de DVE subclínica em comparação aos que não apresentaram. Além disso, as OPS tiveram correlação DVE subventricular dentre esses pacientes. A OPS é formada tardiamente na diástole e comumente identificada no exame Doppler da VSVE, ligada ao DDVE. 16 Mittal et al., 16 reportaram uma correlação direta entre a velocidade da OPS e a velocidade da onda transmitral A; correlação inversa significativa com a razão Em para Am; e sem correlação com idade e MVE. 16 Joshi et al., 22 relataram correlação significativa entre a velocidade da OPS e a velocidade da onda A mitral e velocidade da A’ septal. 21 Entre os pacientes hipertensos, Akyuz et al., 23 mostraram que a velocidade da OPS estava diretamente correlacionada com a velocidade da onda A lateral e inversamente com a razão Em para Am. 23 Detectamos correlação direta significativa entre a velocidade da OPS e a velocidade da onda A mitral, velocidade da onda A’ septal, mas houve relação inversa significativa com a razão E para A mitral e a razão E' para A' septal. Akyuz et al., 23 descreveram uma correlação significativa entre velocidade da OPS e idade, MVE entre hipertensos. 23 Assim como Akyuz et al., 23 mostramos uma correlação entre a velocidade da OPS e a idade. Porém, diferente deles, não conseguimos demostrar qualquer correlação entre velocidade da OPS e MVE. Desde 2015, o DM afeta um total de 30,3 milhões de americanos ou 9,4% da população dos Estados Unidos. Desses indivíduos, 7,2 milhões tinham DM silencioso clinicamente. Além disso, 1,5 milhão de americanos são anualmente adicionados à população diabética. 24 O diabetes é caracterizado por risco aumentado de complicações cardiovasculares, principalmente na forma de DAC, como principal fonte de morbidade e mortalidade entre as pessoas afetadas. 25 Simone et al., 26 relataram, recentemente, que o risco de insuficiência cardíaca é maior entre os paciente com DM2 e que esse efeito existe mesmo quando as pessoas não Figura 2 – Cálculo do índice de performance miocárdica. TE: tempo de ejeção; TCIV: tempo de contração isovolumétrica; TRIV: tempo de relaxamento isovolumétrico; A: tempo entre o fechamento e a reabertura da valva tricúspide. IPM = (TCIV+TRIV)/TE = ((A)-(TE))/(TE). IPM: índice de performance miocárdica. 210

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