ABC | Volume 113, Nº2, Agosto 2019

Artigo Original Kul et al OPS e diabetes tipo 2 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(2):207-215 (Figura 2). Houve variação de 3% a 5% intraobservador e interobservador no Doppler e em variáveis derivadas de IDT (OPS, Em, Am e IPM). Valores a partir de 0,5 para o IPM foram a definição de DVE subclínica. Análises estatísticas O número mínimo determinado de sujeitos necessários em cada grupo foi 32, para que houvesse uma diferença significativa entre os grupos. Erro tipo I = 0,05, Poder do teste = 0,80. Todas as análises estatísticas foram feitas no software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) para Windows 19 (SPSS Inc. Chicago, IL, EUA). As variáveis contínuas foram expressadas em média ± DP ou mediana (intervalo interquartil), enquanto as variáveis categóricas foram expostas em frequência e porcentagem. O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para testar a distribuição das variáveis quantitativas. Com o teste t de amostras independentes, foram feitas comparações entre grupos para dados quantitativos normalmente distribuídos e, com o teste de Mann Whitney-U, para dados distribuídos não normalmente. Variáveis qualitativas foram comparadas por meio do teste do qui-quadrado. Realizou-se análise univariada para avaliar as relações entre IPM anormal e variáveis clínicas e ecocardiográficas. A correlação de Pearson foi usada para investigar a associação entre velocidade do pico da OPS e velocidades A' mitral e A' septal. A correlação de Spearman foi aplicada para avaliar a associação entre a velocidade do pico da OPS e a razão Em para Am e E' para A’ septal. Utilizou‑se intervalo de confiança 95% (IC95%), e a significância estatística foi pautada por p < 0,05. Resultados As características clínicas e demográficas dos pacientes são apresentadas na Tabela 1. Idade, sexo, hipertensão, tabagismo no presente, dislipidemia e histórico familiar de DAC foram semelhantes nos grupos OPS-positiva e OPS‑negativa. Não houve diferença entre os grupos em termos de massa do ventrículo esquerdo (MVE), índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE), índice de massa corporal (IMC), ASC e tempo de DM. Não havia pacientes com LVH em ambos os grupos. Os parâmetros bioquímicos dos participantes do estudo estão listados também na Tabela 1. Não houve diferença entre grupos para glicemia de jejum, creatinina sérica, colesterol de lipoproteína de alta densidade, colesterol de lipoproteína de baixa densidade, triglicérides em jejum e hemoglobina A1C. A taxa de filtração glomerular também foi a mesma para ambos os grupos. Não houve diferença, ainda, no que diz respeito a glóbulos brancos, hemoglobina, plaquetas, volume médio de plaquetas e largura da distribuição das células vermelhas entre os dois grupos. As características ecocardiográficas dos grupos OPS‑positiva e OPS-negativa são apresentadas na Tabela 2. Fração de ejeção do ventrículo esquerdo, diâmetro do átrio esquerdo, diâmetro do septo interventricular, velocidade S e tempo de desaceleração mitral foram semelhantes em ambos os grupos. O diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (dDVE) e o diâmetro da parede posterior também foram semelhantes nos dois grupos. As variáveis ecocardiográficas Doppler são mostradas na Tabela 2. As velocidades de onda Em e E’ septal foram maiores no grupo OPS-negativa, mas as velocidades de Figura 1 – A seta indica a OPS. OPS: onda pressistólica. 209

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=