ABC | Volume 113, Nº2, Agosto 2019

Correlação Anatomoclínica Pinesi et al. Homem de 26 anos com doença de chagas congênita e transplante cardíaco Arq Bras Cardiol. 2019; 113(2):286-293 Figura 8 – Fotomicrografia do miocárdio do coração explantado, mostrando extensa fibrose (F) e focos de miocardite em atividade (seta). Coloração pela hematoxilina‑eosina, aumento da objetiva = 20X. Figura 9 – Fotomicrografia da biópsia endomiocárdica para controle de rejeição pós-transplante. Nota-se quadro inflamatório difuso com focos de agressão a cardiomiócitos (seta). Coloração pela hematoxilina-eosina, aumento da objetiva = 20 X. que o quadro histológico de rejeição aguda celular 2R é idêntico ao da reativação. Realizada então esta pesquisa por imuno‑histoquímica e depois em cortes mais aprofundados do bloco de biópsia, concluímos tratar-se de reativação da doença de Chagas no coração transplantado, o que permitiu então o tratamento adequado. Sabe-se que a taxa de reativação depende do tratamento imunossupressor instituído, como descrito anteriormente. O trabalho de Vidal et al., 19 mostrou ainda que o primeiro episódio de reativação ocorreu com uma mediana de 6,6 meses pós-transplante. Portanto, a rotina de avaliação de biópsias endomiocárdicas em pacientes transplantados cardíacos chagásicos deve incluir, sempre que houver quadro de rejeição aguda celular 2R ou de grau maior, uma avaliação bastante rigorosa dos cortes histológicos para possível detecção de parasitas. (Dra. Vera Demarchi Aiello) 292

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