ABC | Volume 113, Nº1, Julho 2019

Artigo Original Kızıltunç et al. Sirtuínas em pacientes com infarto agudo do miocárdio Arq Bras Cardiol. 2019; 113(1):33-39 Tabela 2 – Características clínicas e laboratoriais dos pacientes com infarto agudo do miocárdio (n = 40) Presença de angina pré-infarto, n(%) 15(37,5) Tempo entre início dos sintomas até perfusão (minutos) 225(120-300) Escore GRACE Mortalidade hospitalar 126(104-149) Mortalidade em seis meses 101(77-124) IM hospitalar/mortalidade 188(151-209) IM /mortalidade em seis meses 148(121-167) Classe Killip 1 38(95) 2 1(2,5) 3 1(2,5) Escore de risco TIMI 2(1-4) Troponina T (ng/L) Basal 4,67(1,00-34,27) Primeiro dia 28,50(7,08-58,70) Segundo dia 14,11(6,46-39,95) Pico 30,18(10,53-63,40) Localização do IM n(%) Anterior 17(42,5) Inferior 22(55) Lateral 1(2,5) Artéria relacionada ao infarto n(%) DAE 18(45) Cx 3(7,5) ACD 19(47,5) Nefropatia induzida por contraste; n(%) 4(10) IAM: infarto agudo do miocárdio; Cx: artéria circunflexa esquerda DAE: artéria descendente anterior esquerda;ACD: artéria coronária direita;TIMI: trombólise no infarto do miocárdio (thrombolysis in myocardial infarction) Figura 1 – Níveis séricos de sirtuína (valores em mediana) no dia 1 e 2 do infarto agudo do miocárdio; mudanças temporais dos níveis séricos de sirtuína 1, 3 e 6 não foram estatisticamente significativas no curso do infarto agudo do miocárdio. 3 2 1 2,5 1,5 0,5 0 Níveis de Sirtuína (ng/ml) Nível basal Primeiro dia Segundo dia Sirtuína 1 p = 0,083 Sirtuína 3 p = 0,671 Sirtuína 6 p = 0,465 Sirtuína 1 Sirtuína 3 Sirtuína 6 número desses poros abertos. 38 No presente estudo, nós investigamos a existência de qualquer associação entre os níveis de sirtuína e marcadores do tamanho do infarto. Não foi observada correlação entre os níveis de sirtuína e pico de troponina, FEVE ou níveis de pró-BNP em pacientes com IAM. Esses achados indicam ausência de associação entre os níveis de sirtuína 1, 3 e 6 e o tamanho do infarto. Angina pectoris pré-infarto pode ser usado como marcador substituto do pré-condicionamento isquêmico na prática diária, e está associado com valores reduzidos de troponina em pacientes com IAM. 39 Apesar do pequeno número de pacientes para de estabelecer uma conclusão, não foram observadas diferenças evidentes nos níveis de sirtuína 1, 3 e 6 entre pacientes com e sem angina pré-infarto. Por fim, temos que comentar a associação entre os níveis de sirtuína 3 e o escore GRACE, e entre a duração da reperfusão e os níveis de sirtuína 1 e 6. O escore GRACE é um escore de risco para morbidade e mortalidade bem conhecido e validado em pacientes com IAM. 16 Apesar de não termos encontrado nenhuma correlação entre os níveis de sirtuína 3 e marcadores prognósticos, tais como troponina, pró-BNP e FEVE, a correlação negativa entre sirtuína 3 e escore GRACE pode motivar o desenvolvimento de mais estudos sobre o papel da sirtuína 3 na avaliação de risco em pacientes com IAM. Encontramos uma correlação positiva entre os níveis de sirtuína 1 e 6 e a duração da reperfusão. O tempo entre o início dos sintomas e a reperfusão não foi um marcador de mortalidade em pacientnes com STEMI. 40 Apesar de haverem mostrado correlação positiva com a duração da reperfusão, a sirtuína 1 e a sirtuína 6 não se correlacionaram com marcadores prognósticos em pacientes com IAM. O estudo apresenta algumas limitações. O pequeno tamanho da amostra parece ser a principal limitação do estudo. Outra limitação importante são as diferenças metodológicas em relação a estudos anteriores. Em estudos prévios, a análise da sirtuína foi realizada com espécimes de placas ateroscleróticas ou células mononucleares periféricas para a quantificação de RNA de sirtuína. Em nosso estudo, 37

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