ABC | Volume 113, Nº1, Julho 2019

Artigo Original Gil et al Escores de risco em síndromes coronárias agudas Arq Bras Cardiol. 2019; 113(1):20-30 Tabela 1 – Caracterização da população (n = 1.452) Sexo masculino, % 70% Idade, anos 69,09 ± 13,2 Tipo de SCA STEMI 45,1% NSTEMI/AI 52,0% SCA com bloqueio de ramo esquerdo 2,3% SCA com pacing ventricular 0,6% Pressão sanguínea sistólica na admissão (mmHg) 140.54 ± 30.4 Pressão sanguínea diastólica (mmHg) 81.79 ± 17.7 Frequência cardíaca, batimentos por minuto 79.29 ± 21.1 Classe Killip-Kimbal na admissão I 70,7% II 22,0% III 5,0% IV 2,3% Classe Killip-Kimbal máxima I 57,2% II 27,3% III 6,0% IV 9,4% Fatores de risco Hipertensão 65,8% Dislipidemia 46,6% Tabagismo 24,3% Diabetes mellitus 26,6% Doença coronária prévia 19,5% Doença renal crônica 9,7% Doença cerebrovascular 9,4% Medicação prévia Estatina 35,0% iSRAA 48,1% Betabloqueador 17,5% Terapia antiplaquetária 34,4% Valores laboratoriais Hemoglobina, g/dL 13,95 ± 2,5 Creatinina, mg/dL 1,20 ± 1,6 Troponina de alta sensibilidade I na admissão, ng/dL 15,92 ± 49,7 Troponina I máxima, ng/dL 69,68 ± 104,7 Peptídeo natriurético cerebral, pg/dL 552,58 ± 708,0 Medicação e estratégia terapêutica durante hospitalização iSRAA 81,9% Betabloqueador 59,6% Nitratos 32,4% associação entre doença renal crônica e um pior prognóstico. A apresentação clínica também influenciou no desfecho. Pressão sanguínea mais baixa e maior frequência cardíaca, bem como a classificação de Killip e Kimball (KK) associaram- se com maior taxa de mortalidade. Também é evidente que valores mais baixos de hemoglobina e de fração de ejeção do ventrículo esquerdo, e valores mais altos de creatinina, troponina e peptídeo natriurético cerebral associaram-se com um pior prognóstico. Quanto à ocorrência de eventos em um ano, os pacientes mais velhos e do sexo feminino tenderam a apresentar maior mortalidade no acompanhamento. NSTEMI/AI associou-se compior prognóstico. Pressão sanguínea diastólica mais baixa, maior frequência cardíaca e maior classe KK associaram-se com maior taxa de eventos. Quanto à histórica clínica, história de diabetes mellitus, doença renal crônica e doença coronariana associaram-se a um pior prognóstico. Maior taxa de eventos em um ano de acompanhamento foi visto em pacientes medicados anteriormente ao evento-índice com estatina, inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona, betabloqueadores, e terapia antiplaquetária. Todos os ERs foram maiores nos grupos com pior desfecho, tanto na mortalidade hospitalar como em um ano de acompanhamento. Continuação Antiarrítmicos 13,6% Inotrópicos 12,3% Estratégia invasiva 79,9% Fração de ejeção do ventrículo esquerdo, % 53,80 ± 12,3 Dias de internação 7,3 ± 5,0 Escores de risco TIMI para STEMI 5 (3-7) PURSUIT 13 (10-14) SRI 26,04 (17,82 – 37,24) GRACE 144 (112-178,75) EMMACE 0,15 (0,06 – 0,33) CHA 2 DS 2 -VASc-HS 4 (3-5) ACTION Registry–GWTG 34 (27-44) C-ACS 1 (1-1) ProACS 2 (1-3) Mortalidade hospitalar 6,5% Mortalidade por todas as causas e SCA não fatal em um ano de acompanhamento 9,9% SCA: síndrome coronária aguda; STEMI: infarto do miocárdio com elevação do segmento ST; NSTEMI/AI: infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST/angina instável; iRAAS: inibidores do sistema renina-angiotensina- aldosterona. TIMI: Thrombolysis in Myocardial Infarction; PURSUIT: Platelet glycoprotein IIb/IIa in Unstable angina: Receptor Suppression Using Integrilin Therapy; SRI: Simple Risk Index; GRACE: Global Registry of Acute Coronary Events; EMMACE: Evaluation of the Methods and Management of Acute Coronary Events; C-ACS: Canada Acute Coronary Syndrome. Doença renal crônica definida como diminuição da taxa de filtração glomerular para valores inferiores a 60 mL/min/1.73 m 2 . 22

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