ABC | Volume 113, Nº1, Julho 2019

Posicionamento Posicionamento sobre Antiagregantes Plaquetários e Anticoagulantes em Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 113(1):111-134 Tabela 3 – Definição de alto risco isquêmico em longo prazo História prévia de trombose de stent sob terapia antiplaquetária adequada Angioplastia de artéria “derradeira” Doença coronária multiarterial, principalmente em diabéticos Insuficiência renal crônica (ClCr < 60 mL/min) Pelo menos 3 stents e/ou 3 lesões tratadas ICP em bifurcações, com pelo menos 2 stents colocados Comprimento total da área coberta de stent > 60 mm Tratamento de oclusão coronária crônica ClCr: clearance de creatinina. Tabela 4 – Recomendações sobre o manejo de pacientes com necessidade de anticoagulação oral submetidos à intervenção coronária percutânea Indicações Classe de recomendação Nível de evidência A avaliação da necessidade de manutenção da anticoagulação e o cálculo do risco de sangramento devem ser realizados em todos os pacientes através dos escores de CHA2DS2-VASc e HAS-BLED, respectivamente IIa C Durante a ICP, a prioridade de acesso vascular deve ser sempre radial, sendo realizado acesso femoral somente em caráter de exceção IIa C O uso de tripla terapia deve ser considerado pelo menor tempo possível, devido ao alto risco hemorrágico associado IIa C A utilização de NOACs deve ser preferida em relação à varfarina, devido sua previsibilidade de efeito IIa C Quando optado pelo uso da varfarina, deve-se tentar manter o RNI próximo a 2,0 IIa C O uso de clopidogrel deve ser realizado apenas após a definição da anatomia coronária e a indicação de angioplastia coronária com stent , evitando-se sua administração de rotina pré-ICP IIa C O uso de prasugrel ou ticagrelor está contraindicado nessa situação III C O AAS deve ser usado sempre em dose mínima, preferencialmente ≤ 100 mg ao dia IIa C O uso de inibidores de bombas de prótons como profilaxia de úlcera de estresse nesse grupo de pacientes deve ser considerado como primeira escolha devido ao risco elevado de sangramento gastrintestinal IIa C O uso de tripla terapia deve ser considerado em pacientes com baixo risco hemorrágico por menor tempo possível (preferencialmente um mês, podendo ser estendido até 6 meses), permanecendo após esse período o uso do anticoagulante associado a um antiplaquetário apenas IIa B Quando houver alto risco isquêmico e também alto risco hemorrágico, recomenda-se que se use tripla terapia por, no máximo, um mês ou inicie-se diretamente dupla terapia com anticoagulante e clopidogrel IIa B Nos pacientes com alto risco de sangramento e baixo risco isquêmico, deve-se introduzir diretamente dupla terapia com anticoagulante e clopidogrel desde o início IIa A Quando se optar por uso de NOACs, a associação de dupla terapia entre clopidogrel 75 mg/dia e rivaroxabana 15 mg/dia ou dabigatrana 110 mg 2x ao dia devem ser a primeira escolha IIb B A descontinuação do tratamento antiplaquetário deve ser considerada após 12 meses IIa B AAS: ácido acetilsalicílico; ICP: intervenção coronária percutânea; NOAC: novo anticoagulante oral; RNI: relação normatizada internacional. 117

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