ABC | Volume 112, Nº6, Junho 2019

Minieditorial Schmidt e Pazin-Filho Uso racional da medicina baseada em evidências: por que resistimos tanto? Arq Bras Cardiol. 2019; 112(6):727-728 podem estar presentes em alguns cenários. 7 Os autores não especificaram se a amostra foi proveniente do sistema público e/ou privado de saúde. Tal informação também pode influenciar a tomada de decisão (viés de disponibilidade), uma vez que alguns exames podem não estar disponíveis no sistema público de saúde, por exemplo. Para reduzir a ocorrência de vieses, a estratégia mais simples é os médicos conhecerem os vários vieses possíveis na prática diária. Outra solução muito importante para evitar vieses e heurísticas é a adesão à medicina baseada em evidências (MBE). Ela oferece informações precisas de várias fontes, sugere as informações mais validadas e identifica aquelas consideradas prejudiciais. 8 O escore GRACE é um excelente exemplo de MBE. Atualmente, outro importante ramo da pesquisa nesta área é a prescrição de novos anticoagulantes orais. 9 Como afirmou Oscar Wilde, devemos resistir à irracionalidade e seguir diretrizes claras e equilibradas a fim de melhorarmos nossos resultados no dia a dia. 1. Blumenthal-Barby JS, Krieger H. Cognitive biases and heuristics in medical decisionmaking: a critical reviewusing a systematic search strategy. Medical decision making . Med Decis Making.2016;35(4):539-57. 2. Carvalhal MC, Souza TMB, Suerdieck J, Lopes F, Correia VC, Lacerda YF, et al. Influência comportamental da predição de risco no processo de decisão do cardiologista: o paradoxo do Escore GRACE. Arq Bras Cardiol. 2019; 112(6):721-726 3. Granger CB, Goldberg RJ, Dabbous O, Pieper KS, Eagle KA, Cannon CP, et al. Predictors of hospital mortality in the global registry of acute coronary events. Arch Intern Med. 2003;163(19):2345-53. 4. Rationale and design of the GRACE (Global Registry of Acute Coronary Events) Project: A multinational registry of patients hospitalized with acute coronary syndromes. AmHeart J. 2001;141(2):190-9. 5. Abu-Assi E, Ferreira-Gonzalez I, Ribera A, Marsal JR, Cascant P, Heras M, et al. “Do GRACE (Global Registry of Acute Coronary events) risk scores still maintain their performance for predicting mortality in the era of contemporary management of acute coronary syndromes?”. Am Heart J.. 2010;160(5):826-34 e1-3. 6. Elbarouni B, Goodman SG, Yan RT, Welsh RC, Kornder JM, Deyoung JP, et al. Validation of the Global Registry of Acute Coronary Event (GRACE) risk score for in-hospital mortality in patients with acute coronary syndrome in Canada. AmHeart J. 2009;158(3):392-9. 7. FitzGerald C, Hurst S. Implicit bias in healthcare professionals: a systematic review. BMC Med Ethics. 2017;18(1):19. 8. Bornstein BH, Emler AC. Rationality in medical decision making: a review of the literature on doctors’ decision-making biases. J Eval Clin Pract. 2001;7(2):97-107. 9. Sposato LA, Stirling D, Saposnik G. Therapeutic decisions in atrial fibrillation for stroke prevention: the role of aversion to ambiguity and physicians’ risk preferences.J Stroke Cerebrovasc Dis. 2018;27(8):2088-95. Referências Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da licença de atribuição pelo Creative Commons 728

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=