ABC | Volume 112, Nº6, Junho 2019

Artigo Especial Sociedade Brasileira de Cardiologia – Carta das Mulheres Brazilian Society of Cardiology – The Women’s Letter *Apoio: European Society of Cardiology (ESC) Glaucia Maria Moraes de Oliveira, 1 Fátima Elizabeth Fonseca de Oliveira Negri, 2 Nadine Oliveira Clausell, 3 Maria da Consolação V. Moreira, 4 Olga Ferreira de Souza, 5 Ariane Vieira Scarlatelli Macedo, 4 Barbara Campos Abreu Marino, 6 Carisi Anne Polanczyk, 3 Carla Janice Baister Lantieri, 7 Celi Marques-Santos, 8 Cláudia Maria Vilas Freire, 4 Deborah Christina Nercolini, 9 Fatima Cristina Monteiro Pedroti, 10 Imara Correia de Queiroz Barbosa, 11 Magaly Arrais dos Santos, 1 2 Maria Cristiane Valeria Braga Braile, 13 Maria Sanali Moura de Oliveira Paiva, 14 Marianna Deway Andrade Dracoulakis, 15 Narriane Chaves Holanda, 16 Patricia Toscano Rocha Rolim, 17 Roberta Tavares Barreto Teixeira, 2 Sandra Mattos, 18 Sheyla Cristina Tonheiro Ferro da Silva, 8 Simone Cristina Soares Brandão, 19 Viviana de Mello Guzzo Lemke, 2 0 M arcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes 21 Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1 Rio de Janeiro, RJ – Brasil Hospital Universitário Lauro Wanderley – Universidade Federal da Paraíba, 2 João Pessoa, PB – Brasil Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 3 Porto Alegre, RS – Brasil Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, 4 Belo Horizonte, MG – Brazil Rede D’OR São Luiz, 5 Rio de Janeiro, RJ – Brasil Hospital Madre Teresa, 6 Belo Horizonte, MG – Brasil Faculdade de Medicina do ABC, 7 Santo André, SP – Brasil Hospital São Lucas, 8 Aracaju, SE – Brasil Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, 9 Curitiba, PR – Brasil Universidade Federal do Espirito Santo, 10 Vitória, ES – Brasil Universidade Federal de Campina Grande, 11 Campina Grande, PB – Brasil Hospital do Coração para Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, 12 São Paulo, SP – Brazil Instituto Domingo Braile, 13 São José do Rio Preto, SP – Brasil Hospital Universitário Onofre Lopes, 14 Natal, RN – Brasil Instituição Ensino de Pesquisa do Hospital da Bahia, 15 Salvador, BA – Brasil Universidade Federal da Paraíba, 16 João Pessoa, PB – Brasil CENTROCOR, 17 João Pessoa, PB – Brasil Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, 18 Recife, PE – Brasil Universidade Federal de Pernambuco, 19 Recife, PE – Brasil Cardiocare Clínica Cardiológica, 20 Curitiba, PR – Brasil Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, 21 João Pessoa, PB – Brasil Palavras-chave Mulheres; Medicina/tendências; Demografia; Doenças Cardiovasculares/prevenção e controle; Sociedades Médicas; Participação nas Decisões; Fatores de Risco; Prevalência; Educação Médica. Correspondência: Gláucia Maria Moraes de Oliveira • Universidade Federal do Rio de Janeiro – R. Prof. Rodolpho P. Rocco, 255 – 8°. Andar – Sala 6, UFRJ. CEP 21941-913, Cidade Universitária, RJ – Brasil E-mail: glauciam@cardiol.br , glauciamoraesoliveira@gmail.com Artigo recebido em 03/05/2019, revisado em 15/05/2019, aceito em 15/05/5019 DOI: 10.5935/abc.20190111 Objetivo O objetivo primordial desse documento é estimular a melhoria das condições de saúde das mulheres brasileiras, com foco na doença cardiovascular (DCV). A DCV é responsável por 17,5 milhões de mortes prematuras/ano no mundo, com previsão de aumento para 23 milhões em 2030. As DCV são responsáveis por um terço de todas as mortes no Brasil, com semelhança entre homens e mulheres após a menopausa. Esses dados revestem-se de maior importância quando consideramos que 80% das mortes prematuras poderiam ser evitadas com o controle de quatro fatores de risco: tabagismo, dieta inadequada, inatividade física e uso nocivo de álcool. 1 Pretende-se ainda criar um grupo de discussões permanente que exerça um papel de liderança nas políticas brasileiras para a saúde, fornecendo aos gestores uma visão geral da relevância das doenças cardiovasculares nas mulheres, para que possam traçar ações estratégicas para reduzir a prevalência de fatores de risco, melhorar o diagnóstico e a abordagem terapêutica, reduzindo assim sua mortalidade e morbidade. Preâmbulo Considerando-se que a carga das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), das quais as doenças cardiovasculares são o principal componente, continuará a crescer significativamente no Brasil e no mundo, e referendando a meta global de redução de 25% na mortalidade precoce por doenças não transmissíveis até 2025, 2 estabelecida na Assembleia Mundial de Saúde (WHA), e em consonância com a Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Prevenção e Controle das DCNT, endossa-se as medidas propostas por essa Assembleia, que foram reunidas pelas sociedades de cardiologia na Carta do Rio de Janeiro, 3 713

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