ABC | Volume 112, Nº6, Junho 2019

Posicionamento Posicionamento de Ultrassonografia Vascular do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 112(6):809-849 *Tabela 26 – Classificação de vasospasmo Artéria: ACM VMF (cm/s) Índice de Lindegaard Leve 120 a 130 3 a 6 Moderado 130 a 200 3 a 6 Grave > 200 > 6 Artéria: ACA > 50% da VMF em 24h – Artéria: ACP > 110 – Artéria: AV > 80 – Artéria: basilar Índice de Soustiel Leve 80 a 95 2 a 2,49 Moderado > 85 2,5 2,99 Grave > 115 > 3 ACM: artéria cerebral média; ACA: artéria cerebral anterior; ACP: artéria cerebral posterior; AV: artéria vertebral. Observação: Índice de Lindegaard é a razão entre a maior velocidade média de fluxo (VMF) em cerebral média (M1) e VMF na carótida interna extracraniana ipsolateral. O índice de Soustiel é a razão entre a VMF da vertebral e a VMF da basilar. ****Tabela 27 – Recomendações da Diretriz Brasileira de Doppler Transcraniano em Crianças e Adolescentes com Doença Falciforme (2010) 123 Velocidade média de fluxo Grupo de risco de AVE Conduta Janelas ultrassônicas inadequadas Inconclusivo Utilizar outro método de imagem para avaliação de eventos cerebrovasculares Difícil execução: não cooperação do paciente Inconclusivo Repetir em 3 meses, se possível com examinador diferente < 70 cm/s Baixo fluxo Repetir exame em 30 dias < 170 cm/s Normal Repetir exame em 12 meses 170 a 184 cm/s “Condicional baixo” Repetir exame em 3 meses: se < 170 cm/s, repetir em 12 meses 184 a 199 cm/s “Condicional alto” Repetir exame em 30 dias: se < 170 cm/s, repetir DTC a cada 3 meses; se dois exames consecutivos anormais, considerar troca sanguínea de longo prazo 200 a 220 cm/s Anormal Repetir exame em 30 dias: se > 200 cm/s, troca sanguínea; se “condicional alto”, repetir DTC em 3 meses; se “condicional baixo”, repetir em 6 meses > 220 cm/s Anormal Risco iminente de AVE e considerar troca sanguínea de longo prazo AVE: acidente vascular encefálico; DTC: Doppler transcraniano. (ou seja, 6 vezes no total). Em caso de registro com padrão “em cortina”, deve-se interromper o estudo (que será considerado positivo). *****Sinais de microembolização são detectados em até 70% dos casos durante a primeira hora após endarterectomias. Taxa de 50 “sinais de microembolização”/hora ocorre em até 10% dos casos, sendo preditiva de isquemia focal ipsolateral. 121 7.3. Limitações do Doppler Transcraniano Colorido As limitações do DTC são basicamente decorrentes da barreira ao US representada pela calota óssea craniana. O uso de agentes de contraste (“microbolhas”) reduziu muito os casos de exames inconclusivos em razão de “ausência de janelas adequadas”. A inexperiência do médico examinador também é um fator limitante fundamental; a curva de aprendizado é relativamente longa e exige dedicação. 7.3.1. Informações Indispensáveis em Laudos de Doppler Transcraniano A estrutura básica de qualquer exame complementar deve conter: • Identificação do paciente (nome completo e idade). • Indicação clínica (a finalidade do exame definirá o tipo de DTC necessário). • Qualidade técnica do exame (referindo possíveis dificuldades com interferência na obtenção das imagens necessárias ao estudo). • Registro de todas as janelas ultrassonográficas utilizadas e os vasos examinados (justificando os casos de impossibilidade de estudo). • Descrição das características específicas detectadas em cada recurso técnico utilizado: - Mapeamento de fluxo em cores (patência ou oclusão do lúmen, padrão laminar ou turbilhonar (“mosaico”), direção (anterógrada ou invertida). - Doppler pulsátil (padrão laminar ou turbilhonar, direção (anterógrada ou invertida), registro das medidas de velocidades das curvas espectrais de fluxo (sistólica máxima, diastólica final e média) e IP e resistência de acordo com a indicação clínica do exame (exemplo: doença falciforme exige velocidade média). - Solução contrastante de “macrobolhas” (registro e contagem de HITS na pesquisa de forame oval patente e embolia paradoxal). - Uso de agente de contraste com “microbolhas” (SonoVue ® ). - No monitoramento intraoperatório, descrever a ocorrência e a contagem de HITS/hora e as variações de velocidades de fluxo com potencial de risco para AVE isquêmico no pós-operatório. 842

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