ABC | Volume 112, Nº6, Junho 2019

Posicionamento Posicionamento de Ultrassonografia Vascular do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 112(6):809-849 Tabela 10 – Recomendação do Departamento de Imagem Cardiovascular para realização dos exames abdominais vasculares Orientações para exame Aorta abdominal Segmento aortoilíaco Artérias mesentéricas e tronco celíaco Artérias renais Transdutores convexos ou setoriais de baixa frequência (2 a 5 MHz) x x x x Preferencialmente pela manhã com jejum de 6 a 8 h x x x x Não fumar, não usar goma de mascar, não ingerir bebidas gasosas x x x x Antifisético opcional x x x x Posição supina com cabeceira elevada a 30 o x x x x Posição de decúbito lateral x x – x Cortes transversal, coronal e longitudinal x x x x O que avaliar: Modo B: Dimensões x x x x Variações anatômicas x x x x Morfologia de paredes e placas x x x x Presença de trombos x x – – Color Doppler: Aliasing x x x x Ausência de fluxo (oclusão) x x x x Doppler espectral: VPS – x x x Razão de VPS (V2/V1) – x – – VDF – – x x Índice renal aórtico – – – x VDF: velocidade diastólica final; VPS: velocidade de pico sistólico. - Informar a presença ou não de trombos murais, o diâmetro intraluminal e sinais de ruptura, quando presentes. • Informações adicionais para o exame pré-operatório: - Diâmetros: ○ Colo no plano da artéria renal mais baixa. ○ Colo 15 mm abaixo da origem da artéria renal mais baixa. ○ Máximo do AAA – corte transversal AP (IAI ou EAE). ○ No plano da bifurcação (quando presente). ○ De ambas as artérias ilíacas comuns. ○ Da bifurcação da artéria ilíaca. - Extensão longitudinal do colo proximal. - Ângulo do colo com eixo do aneurisma. - Extensão longitudinal do AAA. 3.2. Doença Aterosclerótica do Segmento Aortoilíaco A USV permite identificação, localização e extensão anatômica das lesões ateroscleróticas, além de avaliar a parede da aorta de forma a documentar não só a presença de lesão aterosclerótica, mas a presença de ulceração, calcificação, trombo, dissecção e dilatação. Esta técnica, quando realizada por profissionais treinados e experientes, tem boa acurácia diagnóstica na doença aterosclerótica aortoilíaca (DAAoI), com 86% de sensibilidade e 97% de especificidade para lesões > 50% de estenose. 34 3.2.1. Indicações Clínicas da Ultrassonografia Venosa na Doença Aterosclerótica Aortoilíaca • Sintomas de claudicação intermitente com pulso femoral diminuído ou ausente, claudicação de glúteos, disfunção erétil, dor em repouso e sintomas de isquemia aguda (embolia distal). • Sinais clínicos como sopro abdominal e redução do índice tornozelo-braquial. • USV prévia demonstrando alterações do padrão de curva de velocidade nas artérias femorais. • Acompanhamento de enxertos e endopróteses para tratamento de obstrução em território aortoilíaco.* 823

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