ABC | Volume 112, Nº5, Maio 2019

Atualização Atualização das Diretrizes em Cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):649-705 Metropolol, succinato 12,5-25 mg 200 mg/dia Nenhum Nebivolol 1,25 mg 10 mg Nenhum Espirolactona 12,5-25 mg 25-50 mg Nenhum Aumento do risco de hipercalemia e disfunção renal Monitorar K e creatinina Furosemida 20-40 mg/dia 1 ou 2×/dia 600 mg (usual 40-240 mg/ dia) Iniciar 20 mg/dia Monitoramento frequente Aumento do risco de alteração no balanço hídrico e distúrbio eletrolítico Bumetamida 0,5-1 mg 1 ou 2×/dia 10 mg Usual (1-5 mg/dia) Nenhum Monitoramento frequente Aumento do risco de alteração no balanço hídrico e distúrbio eletrolítico Hidroclortiazida 25 mg 200 mg/dia Usual (12,5-100 mg/dia) Iniciar 12,5 mg- 25 mg Monitoramento do estado volêmico e eletrolítico Clortalidona 12,5-25 mg 100 mg Nenhum Monitoramento do estado volêmico e eletrolítico AINH: anti-inflamatório não hormonal;AUC: área sob a curva; IECA: inibidor da enzima conversora da angiotensina. 5. Hipertensão Arterial no Idoso 5.1. Peculiaridades no Diagnóstico Estudo epidemiológico brasileiro EMI (EstudoMulticêntrico de Idosos atendidos em ambulatórios de cardiologia e geriatria de instituições brasileiras) 191 demonstrou que a HAS é o principal FR entre os idosos brasileiros. Encontra-se presente em 65% dos idosos ambulatoriais e em 80% das mulheres > 75 anos de idade. O envelhecimento produz alterações vasculares, como: enrijecimento arterial, redução de elasticidade e complacência vascular, menor capacidade de vasodilatação, aumento da pressão arterial sistólica (PAS), menor sensibilidade a mudanças de volume, lentificação do relaxamento ventricular, maior trabalho cardíaco, perda de miócitos e hipertrofia compensatória. 192 Essas alterações levam a peculiaridades no diagnóstico e tratamento da HAS no idoso. 5.1.1. Peculiaridades na Aferição da Pressão Arterial A PA em idosos apresenta grande variabilidade e deve-se ter cuidados especiais em sua aferição, pela possibilidade a presença dos seguintes fatores: a) HO: definida como a queda de PAS > 20 mmHg ou da pressão arterial diastólica (PAD) > 10 mmHg, após 3 minutos na posição ortostática. Recomenda-se a verificação da PA nas posições sentada, deitada e em pé, pois alterações Figura 1 – Fluxograma diagnóstico. IC: insuficiência cardíaca; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; ICFEp: insuficiência cardíaca com fração de ejeção compensada. < 50% (ICFEr) ≥ 50% (ICFEp) Surgimento de Gradiente sistólico dinâmico intraventricular Aspecto de cardiopatia isquêmica PACIENTES IDOSOS COM SUSPEITA CLÍNICA DE IC AVALIAÇÃO ECODOPPLERCARDIOGRÁFICA Afastar: Sarcoidose Cardíaca Amiloidose Cardíaca (forma SENIL) • Insuficiência Mitral (Degenerativa/Isquêmica) • Estenose Aórtica Grave • Pericardite constritiva • Hipertensão Arterial Pulmonar • Estados congestivos (Insufuciência Renal Crônica/Aguda e Anemia Crônica) ANÁLISE DA FRAÇÃO DE EJEÇÃO CASOS DUVIDOSOS RESSONÂNCIA CARDÍACA CASOS DUVIDOSOS • Índice Volume Atrial Esquerdo • Índice Massa do Ventrículo Esquerdo • Relação E/A • Relação E/E • Fluxo Venoso Pulmonar ECOCARDIOGRAMA COM ESFORÇO • Avaliar agravamento da insuficiência mitral • Surgim e Gradiente sistólico dinâmico i aventricular • Aspect ardiopatia isquêmica • Confirmação da disfunção diastólica no esforço 675

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