ABC | Volume 112, Nº5, Maio 2019

Diretriz Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):600-648 ventricular, exceto se a gestação estiver próxima do termo, com maturidade pulmonar minimizando os riscos para antecipação do parto. 17,129,131-133,136,140,142,169,170 As tabelas 7.3 e 7.4 demonstram, respectivamente, o manejo das taquiarritmias e as drogas antiarrítmicas. 17 A abordagem sugerida para o manejo das taquicardias fetais encontra-se nas figuras 7.3, 7.4 e 7.5. 7.4.1. Taquicardias Intermitentes Taquicardia intermitente é definida quando presente em período < 50% do tempo de realização do exame, propondo-se um período mínimo de observação de 30 minutos. A taquicardia sinusal é determinada por ativação atrial e ventricular com condução A:V 1:1 e frequência cardíaca acima de 160 bpme, geralmente, abaixo de 180 bpm. Frequentemente está associada à condição fetal ou materna anormal subjacente, como febre, estresse ou uso de medicamentos e cuja causa deve ser tratada. Quando for um achado isolado, não tem significado clínico e não necessita de tratamento. 137,138,141 A taquicardia ventricular intermitente, com frequência ventricular acima de 200 bpmé extremamente rara e pode evoluir para comprometimento hemodinâmico importante e hidropisia; por isto, tem indicação de tratamento. Outras taquicardias intermitentes normalmente não apresentam sinais de comprometimento hemodinâmico cardíaco e não têm indicação de tratamento. 171 Em casos isolados pode evoluir para taquicardia sustentada, sendo importante o acompanhamento destes fetos. 7.4.2. Taquicardias Sustentadas Neste grupo de arritmias no feto, identificadas em um periodo > 50% do tempo de exame, estão as taquicardias supraventriculares, o FA e as taquicardias ventriculares. O objetivo da terapêutica é levar a Figura 7.2 – Abordagem sugerida para fetos com BAVT. AC: anticorpos; BAVT: bloqueio atrioventricular total; FV: frequência ventricular. 631

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