ABC | Volume 112, Nº5, Maio 2019

Diretriz Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal – 2019 Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):600-648 Sumário 1. Introdução ...........................................................................................602 2. Rastreamento e Diagnóstico das Cardiopatias Fetais ..........................603 2.1. Introdução ........................................................................................603 2.2. Rastreamento do Coração Fetal ao Ultrassom Morfológico ...............605 2.2.1. Etapa 1 – 1º Andar: Avaliação do Abdome para Determinar o Situs Cardiovisceral ..........................................................605 2.2.2. Etapa 2 – 2º Andar: Projeção de Quatro Câmaras .......................605 2.2.3. Etapa 3 – 3º Andar: Via de Saída do Ventrículo Esquerdo ............606 2.2.4. Etapa 4 – 4º Andar: Via de Saída do Ventrículo Direito ...............607 2.2.5. Etapa 5 – 5º Andar: Projeção dos Três Vasos ................................607 2.2.6. Etapa 6 – 6º Andar: Projeção dos Três Vasos e Traqueia (3VT) ....607 2.3. Rastreamento das Cardiopatias Congênitas pelo Ultrassom Morfológico de Primeiro Trimestre ...........................................................608 2.4. Ecocardiografia Fetal ........................................................................608 2.5. Ecocardiografia Fetal e Técnicas de Imagem a Serem Usadas ..........609 3. Estratificação dos Serviços que Trabalham com Cardiologia Fetal e seus Potenciais Terapêuticos .......................................................612 4. Classificação e Hierarquização da Gravidade das Cardiopatias Fetais .616 4.1. Grupo I − Cardiopatias sem Repercusão Hemodinâmica Fetal .........616 4.1.1. Estruturais .....................................................................................616 4.1.2. Não Estruturaise ...........................................................................616 4.2. Grupo II − Cardiopatias com Repercussão Hemodinâmica no Feto ...616 4.2.1. Estruturais .....................................................................................616 4.2.2. Funcionais .....................................................................................617 4.3. Grupo III − Cardiopatias em Fetos com Prognóstico Pós-natal Reservado ...............................................................................................617 5. Condutas nas Principais Cardiopatias Fetais ........................................617 6. Constrição Ductal Fetal: Tratamento e Prevenção ................................620 6.1. Prevalência, Diagnóstico, Repercussão e Prognóstico da Constrição do Ducto Arterioso Fetal .........................................................620 6.2. Papel das Substâncias Anti-Inflamatórias na Gênese da Constrição Ductal Fetal ............................................................................622 6.3. Ações Anti-Inflamatórias e Antioxidantes dos Polifenóis ...................622 6.4. Resumo das Evidências para o Manejo da Constrição Ductal ...........622 6.5. Conclusões .......................................................................................623 6.5.1. Recomendações para o Tratamento da Constrição Ductal ...........623 6.5.2. Recomendações para a Prevenção da Constrição Ductal ............624 7. Arritmias Cardíacas no Feto: Diagnóstico e Tratamento .......................624 7.1. Avaliação do Ritmo Cardíaco Fetal e Diagnóstico das Arritmias Cardíacas no Feto .....................................................................627 7.2. Extrassistolia .....................................................................................628 7.2.1. Extrassístoles Supraventriculares Isoladas ...................................628 7.2.2. Extrassístoles Ventriculares ...........................................................628 7.3. Bradicardia Fetal ...............................................................................629 7.3.1. Bradicardia Sinusal .......................................................................629 7.3.2. Ritmo Atrial Baixo .........................................................................629 7.3.3. Extrassístole Supraventricular Bigeminada Bloqueada .................629 7.3.4. Bloqueio atrioventricular total ......................................................629 7.4. Taquicardia Fetal ...............................................................................630 7.4.1. Taquicardias Intermitentes ...........................................................631 7.4.2.Taquicardias Sustentadas ...............................................................631 7.4.2.1. Diagnóstico ................................................................................632 7.4.2.2. Tratamento .................................................................................636 8. Intervenções Cardíacas Fetais .............................................................637 8.1. Indicações ........................................................................................637 8.1.1. Estenose Aórtica Crítica com Sinais Indicativos de Evolução para a Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo ...........637 8.1.2. Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo com Septo Interatrial Íntegro ou Comunicação Interatrial/Forame Oval Significativamente Restritivos .................................................................638 8.1.3. Atresia Pulmonar com Septo Íntegro ou Estenose Valvar Pulmonar Crítica com Sinais de Evolução para Hipoplasia do Coração Direito ......................................................................................638 8.1.4. Estenose Aórtica Crítica com Insuficiência Mitral Maciça e Átrio Esquerdo Gigante ...........................................................................639 8.2. Aspectos Técnicos ............................................................................639 8.3. Valvoplastia Aórtica ..........................................................................640 8.4. Estenose Aórtica Crítica com Átrio Esquerdo Gigante .......................640 8.5. Valvoplastia Pulmonar Fetal .............................................................641 8.6. Atriosseptostomia Fetal ....................................................................641 8.7. Considerações Sobre as Intervenções Cardíacas Fetais ....................642 9. Agradecimentos ..................................................................................642 Referências .............................................................................................643 1. Introdução Ao longo dos anos, temos observado a incorporação da Cardiologia Fetal na prática diária da Cardiologia Pediátrica. O que antes era restrito a poucos estudiosos do coração fetal lentamente incorporou-se aos serviços que lidam com cardiopatia congênita (CC). Além do conhecimento da fisiologia e da anatomia cardíaca fetal normais, a ecocardiografia fetal gerou amplo conhecimento da história natural e modificada das anomalias do coração intraútero. O benefício do diagnóstico fetal tornou-se inquestionável ao longo dos anos. Pioneiros na área trataram de desmistificar o exame do coração do feto e provar a importância do rastreamento das anomalias cardíacas em exames obstétricos. As taxas de detecção pré-natal cresceram e, com isso, o interesse da ecocardiografia fetal deixou de ser apenas um instrumento diagnóstico, passando a uma ferramenta importantíssima para auxiliar o tratamento medicamentoso e, progressivamente, intervencionista de anomalias específicas, que se apresentam na vida fetal. Atualmente, vasta literatura sustenta a prática da Cardiologia Fetal. Além do diagnóstico da anomalia, diferentes particularidades anatômicas e funcionais podem ser identificadas intraútero, com implicações na condução pré-natal, no planejamento do parto e no manejo pós-natal. O diagnóstico pré-natal certamente implicou em um maior número de cardiopatias complexas nos hospitais de Cardiologia Pediátrica. Crianças com cardiopatias complexas, que anteriormente não sobreviviam ao período neonatal imediato e faleciam nas maternidades sem diagnóstico, hoje exigem um manejo cada vez mais cuidadoso e específico daqueles envolvidos com a Cardiologia Pediátrica, modificando a prática da Cardiologia neonatal. Apesar da vasta literatura pertinente à Cardiologia Fetal, devido ao número restrito de casos, a bibliografia carece de estudos com grandes populações ou processos de comparação e randomização, sendo as 602

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