ABC | Volume 112, Nº1, Janeiro 2019

Artigo Original Barros et al Alteração contrátil regional e cardiotoxicidade Arq Bras Cardiol. 2019; 112(1):50-56 Tabela 3 – Análise univariada de preditores relacionados à cardiotoxicidade Variável OR IC 95% p Idade 1,03 [0,99; 1,07] 0,151 DDVE 1,22 [0,99; 1,50] 0,061 DSVE 1,69 [1,35; 2,12] 0,000 Disfunsão diastólica 3,55 [1,34; 9,44] 0,011 Alteração contrátil segmentar do VE 8,91 [2,75; 28,82] 0,000 AE 0,95 [0,78; 1,16] 0,624 SLG 1,96 [1,25; 3,09] 0,022 PSAP 1,86 [0,32; 10,99] 0,491 BNP 1,24 [00,91; 1,70] 0,306 Troponina 3,36 [0,49; 23,14] 0,219 Creatinina 0,04 [0,00; 2,20] 0,113 Hemoglobina 0,90 [0,60; 1,35] 0,608 Sódio 1,01 [0,98; 1,03] 0,623 Potássio 1,33 [0,51; 3,51] 0,559 Cálcio 1,06 [0,81; 1,39] 0,657 Magnésio 6,20 [0,67; 57,73] 0,204 Hipertensão 0,79 [0,26; 2,39] 0,673 Dislipidemia 0,41 [0,07; 2,21] 0,298 Diabetes 1,15 [0,15; 8,83] 0,894 DDVE: dimensão diastólica do ventrículo esquerdo; DSVE: dimensão sistólica do ventrículo esquerdo; SLG: strain longitudinal global; AE: dimensão do átrio esquerdo; PSAP: pressão sistólica da artéria pulmonar; BNP: peptídio natriurético cerebral. Tabela 4 – Análise multivariada de preditores relacionados à cardiotoxicidade Variável OR IC 95% p DSVE 1,34 [1,01; 1,79] 0,044 Alteração contrátil segmentar do VE 6,25 [1,03; 37,95] 0,046 SLG 1,48 [1,02; 2,12] 0,036 DSVE: dimensão sistólica do ventrículo esquerdo; SLG: strain longitudinal global. mostraram que o SLG foi um preditor independente de reduções subsequentes na FE, com uma melhoria de discriminação pela adição de SLG de -18,6% dos parâmetros tradicionais pela ecocardiografia em pacientes com risco de cardiotoxicidade induzida pelo trastuzumab. 19 Em outro estudo, Sawaya el al., 20 mostraram que, em pacientes com câncer de mama tratados com quimioterapia, a SLG medida no término da terapia com antraciclina foi útil na predição de cardiotoxicidade subsequente. 20 Foi demonstrado em uma revisão sistemática que uma redução precoce de 10% a 15% na SLG foi um parâmetro útil para a predição de cardiotoxicidade. 21 Um pequeno estudo de coorte associado à disfunção subclínica do VE mostrou que em 7 dias após o tratamento com trastuzumab 22 apresentou diminuição significativa da SLG e da velocidade sistólica anular da parede lateral do VE. Fei et al., 23 encontraram em uma coorte de 95 pacientes tratados com antraciclina e trastuzumab, e acompanharam por um tempo médio de 17 meses, 20% com cardiotoxicidade, demonstrando uma associação significativa entre a redução da SLG e o declínio da FEVE. 23 A presença de disfunção diastólica não foi um preditor independente de DCRTA em nosso estudo. O uso de disfunção diastólica como um marcador substituto para a predição da cardiotoxicidade induzida pelo trastuzmab é controverso. Estudos anteriores demonstraram que o comprometimento diastólico do VE ocorre antes da deterioração da FEVE na antraciclina 24,25 e da cardiotoxicidade induzida pelo transtuzumab. 26,27 O desenvolvimento de disfunção diastólica foi relatado em até 57% dos pacientes após o tratamento com antraciclinas ou antraciclinas mais trastuzumab. 28 Cochet et al., 28 Serrano et al., 29 avaliaram os parâmetros diastólicos derivados da MUGA e demonstraram que redução da função diastólica do VE antes do tratamento era um preditor independente de cardiotoxicidade mediada pelo trastuzumab. Boyd et al., 18 mostraram em uma coorte 54

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