ABC | Volume 112, Nº1, Janeiro 2019

Artigo Original Arq Bras Cardiol. 2019; 112(1):3-10 Tianshu-Chu et al Rapamicina em combinação com α -cianoacrilato Figura 1 – Os ratos sobreviveram bem 4 semanas após a operação. O procedimento de operação descrito anteriormente foi utilizado para construir modelos de enxertos da veia jugular na artéria carótida em ratos, em um lado.Após a operação, as veias transplantadas estavam bem preenchidas e os vasos sanguíneos batiam bem; a cola estava uniformemente espalhada na superfície das veias dos grupos α-CA e α-CA-RPM (flecha). Quatro semanas após a operação, as veias no grupo sham tinham se expandido levemente; as veias no grupo controle tinham novo tecido de granulação, tubos mais espessos, edema e rigidez leve; no grupo α-CA havia poucos tecidos novos que eram facilmente separados, sem expansão óbvia e claramente divididos dos tecidos ao redor e a cola não estava completamente degradada (flecha); no grupo RPM os tecidos estavam claramente divididos dos tecidos ao redor e eram frescos e sem expansão óbvia. A forma geral do grupo α-CA-RPM era similar à do grupo α-CA. Além disso, conforme descrito na Figura 3, os nossos resultados da coloração imuno-histoquímica para PCNA demonstramque os grupos controle, α -CA, RPM e α -CA-RPM tinham um índice de proliferação significativamente mais alto que o grupo sham (p < 0,01; Figura 3A, B, C, D, E e F) e a percentagem de células positivas para PCNA nos grupos α -CA, RPM e α -CA-RPM era significativamente menor que no grupo controle (p < 0,01; Figura 3B, C, D, E e F). Ademais, é notável que o índice de proliferação no grupo α -CA-RPM era marcadamente menor que nos grupos α -CA e RPM (p < 0,01; Figura 3C, D, E e F). Em conjunto, os nossos resultados demonstramque α -CA, RPM e α -CA-RPM inibem hiperplasia intimal em enxertos venosos; o efeito de α -CA-RPM é mais forte do de α -CA ou RPM. α-CA-RPM diminuiu hiperplasia intimal e respostas inflamatórias Com a finalidade de estudar o mecanismo pelo qual os três métodos de intervenção inibem hiperplasia intimal mais profundamente, nós examinamos os valores de α SMA e vWF nas veias enxertadas 4 semanas após a cirurgia. Os valores de α SMA nos grupos α -CA, RPM e α -CA-RPM erammuito menores que no grupo controle, conforme detectado por RT‑PCR (p < 0,01; Figura 4A). Os valores de α SMA no grupo α ‑CA‑RPM eram menores que nos grupos α -CA e RPM (p < 0,01; Figura 4A). Encontraram‑se resultados similares nos valores de vWF no grupo α ‑CA‑RPM (p < 0,01; Figura 4B). Este resultado verificou que a inibição por α -CA, RPM e α -CA-RPM pode reduzir hiperplasia intimal por bloquearem a sobre-expressão de α SMA e vWF. Notamos que os níveis de ET-1 aumentaram gradualmente nos grupos controle, α -CA, RPM e α -CA-RPM 36 horas após a operação; os dos grupos controle, α -CA e RPM ainda estavam altos 4 semanas após a operação e os do grupo e α -CA-RPM tinham basicamente voltado ao normal. Os níveis de ET-1 no grupo controle eram significativamente mais altos que os dos grupos α -CA, RPM e α -CA-RPM 36 horas e 4 semanas após a operação (96,1±7,9 ng/l vs. 84,0±10,9 ng/l, 79,5 ± 5,7 ng/l e 72,7 ± 9,9 ng/l; 99,7 ± 7,7 ng/l vs. 87,1 ± 13,3 ng/l, 65,4 ± 23,4 ng/l e 43,7 ± 20,1 ng/l; p < 0,05, respectivamente). Adicionalmente, 4 semanas após a operação, os níveis de ET-1 no grupo α -CA-RPM eram significativamente menores que nos grupos α -CA, RPM e controle (43,7±20,1 ng/l vs. 87,1±13,3 ng/l, 65,4±23,4 ng/l e 99,5 ± 7,7 ng/l; p < 0,05, respectivamente) (Figura 4C). Estes resultados indicamque α -CA, RPMe α -CA-RPMparecem reduzir respostas inflamatórias e que α -CA-RPM é mais efetivo. Discussão O achado principal do nosso estudo é que a aplicação de α -CA, RPM ou α -CA-RPM pode melhorar a patência de modelos de enxerto venoso em ratos por meio da inibição de hiperplasia intimal. 8 Mais importante, o uso de RPM em combinação com α -CA é mais efetivo que o uso isolado de α -CA ou RPM. O processo complicado de remodelação de vasos conduz à reestenose de enxertos venosos, mas o mecanismo exato não é explícito. Estudos têm mostrado que a reestenose está relacionada à disfunção de células endoteliais da íntima, à proliferação, à migração de células musculares lisas vasculares, fibroblastos adventícios, reações inflamatórias, força de cisalhamento e mudanças hemodinâmicas. 9,10 O processo patológico de reestenose de um pontagem pode incluir trombose precoce, hiperplasia intimal e aterosclerose; a hiperplasia intimal é a causa mais importante. Quando se separa, liga, divide, transplanta e revasculariza pontagens, fatores como agregação de plaquetas e neutrófilos, liberação de citocinas e quimiocinas, ativação da via de transdução e reação enzimática podem desencadear hiperplasia de células musculares lisas vasculares e acumulação de células endoteliais. Todos esses fatores podem resultar em hiperplasia intimal e a reestenose dos vasos enxertados decorre em sequência. 11,12 6

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