ABC | Volume 112, Nº1, Janeiro 2019

Correlação Clínico-radiográfica Atik et al Dupla via de saída de VD com CIV não relacionada e estenose pulmonar Arq Bras Cardiol. 2019; 112(1):107-109 mais tempo decorrido. São eles representados neste caso pelo aumento das cavidades cardíacas, motivadas por hiperfluxo pulmonar em alguma época, e pela progressão da estenose pulmonar, com hipertrofia e até fibrose miocárdica constatada. Apesar da manutenção da boa função ventricular, esta paciente provavelmente terá aparecimento de mais arritmias, insuficiência cardíaca diastólica, hipoxemia progressiva, endocardite infecciosa, causas do descontrole clínico evolutivo. Por outro lado, pouco se pode ofertar neste momento, do ponto de vista cirúrgico, pois a técnica presumível como adequada seria a funcional de Fontan, contraindicada pela ausência de hipóxia. A técnica corretiva seria muito difícil pela presença de CIV não relacionada e com aorta anterior. Pergunta-se daí, em casos semelhantes na idade infantil, se não seria mais conveniente a tentativa da correção, nesta faixa etária, mesmo com risco cirúrgico maior. Esta técnica idealizada por Barbero-Marcial et al., 1 direciona o VE para a aorta com o alívio da estenose pulmonar, e ela tem sido aplicada com relativo sucesso em face de sobrevida de 87,5% após 5 anos. 2 1. Barbero-Marcial M, Tanamati C, Atik E, Ebaid M. Intraventricular repair of double-outlet right ventricle with noncommitted ventricular septal defect: advantagesofmultiplepatches.JThoracCardiovascSurg.1999;118(6):1056-67. 2. Li S, Ma K, Hu S, Hua Z, Yan J, Pang K, et al. . Biventricular repair for double outlet right ventricle with non-committed ventricular septal defect. Eur J Cardiothorac Surg . 2015;48(4):580-7. Referências Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da licença de atribuição pelo Creative Commons 109

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