ABC | Volume 111, Nº6, Dezembro 2018

Artigo Original Odozynski et al Anatomia das VP e ablação de FA Arq Bras Cardiol. 2018; 111(6):824-830 Figura 1 – Fluxograma do estudo: pacientes submetidos a ablação de FA categorizados por presença de tronco esquerdo das veias pulmonares. FA: fibrilação atrial. 266 pacientes submetidos à ablação de FA 172 pacientes incluídos 30 TrCE 142 n-TrCE 94 excluídos: – 5 FA persistente de longa-duração – 36 FA persistente – 20 ablação prévia – 33 mínimo follow-up Figura 2 – Exemplos de pacientes com Tronco Comum das Veias Pulmonares Esquerdas (TrCE) obtidas a partir de Tomografia Computadorizada realizada antes do procedimento de ablação por cateter. Em todos os casos, as veias pulmonares esquerdas coalescem antes da inserção no átrio esquerdo e a distância mínima entre o ostio comum e o início da bifurcação entre os ramos inferior e superior do tronco comum é de 10 mm. Todos os exemplos estão na projeção póstero-anterior destacando a parede posterior do átrio esquerdo. adotado foi de 5%. A curva de Kaplan-Meier foi utilizada para evidenciar as taxas livres de recorrência ao longo do tempo de seguimento e o teste de Log-Rank para avaliar diferença entre os grupos (TrCE x não-TCE). A análise estatística foi realizada utilizando-se IBM SPSS Statistics Editor software, versão 22.0. Resultados Cento e setenta e dois pacientes foram cadastrados entre 2011 e 2015 em um único centro no Brasil. Trinta (17%) apresentavam TrCE. Não houve diferença no tempo de seguimento entre casos e controles, sendo que todos os pacientes completaram seguimento mínimo de 12 meses. A tabela 1 resume as características clínicas de pacientes com TrCE e não-TrCE submetidos à ablação de FAP durante o estudo. Variáveis como idade (58 ± 10 vs 62 ± 11 anos), sexo (71% vs 69% homens), IMC (28 ± 4 vs 27 ± 3.5 kg/m²), FEVE (65 ± 8% vs 66 ± 9%), diâmetro do átrio esq. (38 ± 5 mm vs 39 ± 6 mm) não apresentaram diferenças entre os grupos não-TrCE e TrCE, respectivamente. A prevalência de outras comorbidades incluindo hipertensão, diabetes mellitus, doença arterial coronariana e escore de risco (CHA 2 D 2 -VASc) para acidente vascular cerebral (AVC) foram semelhantes entre as amostras. Não houve diferença significativa quanto à severidade dos sintomas associados à FA (escores CCS-SAF e EHRA) entre os casos e controles. Quatro por cento dos pacientes apresentavam história prévia de AVC. Eficácia e segurança dos procedimentos A tabela 2 mostra uma taxa de recorrência para FA de 27% e 10% nos grupos não-TrCE e TrCE (OR:3 . 4; p:0.04), após tempo de seguimento de 34 ± 17 e 26 ± 15 meses, 826

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=