ABC | Volume 111, Nº6, Dezembro 2018

Artigo Original Radaelli et al Estatinas para tratar crianças: uma meta-análise Arq Bras Cardiol. 2018; 111(6):810-821 Figura 1 – Resumo da busca por evidências e seleção de estudos. Registros identificados por meio de busca em base de dados (n = 16.793) Registros após de remoção de duplicatas (n = 15.820) Registros triados (n = 15.820) Artigos avaliados integralmente para elegibilidade (n = 80) Estudos incluídos na síntese qualitativa (n = 15) Estudos incluídos na síntese quantitativa (meta-análise) (n = 10) Registros excluídos (n = 15.740) Artigos avaliados integralmente e excluídos, e motivos (n = 66) • Não pediátrico (n = 39) • Sem estatinas (n = 15) • Não ECR (n = 12) Identificação Triagem Elegibilidade Incluído às tratadas com placebo. Além disso, as estatinas aumentaram ligeiramente o colesterol HDL. A redução nos níveis de colesterol LDL variou entre os estudos, provavelmente devido a diferentes tipos de estatinas e dosagens, e, possivelmente, a diferentes configurações de HFHe. Em nossa meta-análise, foram combinados os resultados de todos os estudos com estatinas. Todas as estatinas incluídas apresentam um mecanismo de ação comum, ou seja, inibição da hidroxi-metil-glutaril-Coa. Todas mostraram efeitos benéficos de redução dos níveis lipídicos e tinham sido aprovadas para uso em pacientes adultos com dislipidemia. Comparando alguns resultados: no estudo com lovastatina que avaliou eficácia e segurança em crianças, com foco na população feminina, o grupo lovastatina teve redução nos níveis de colesterol LDL de 23% para 27%, contra um aumento de 5% no grupo placebo (p < 0,001), 17% a 22% de CT e 20% a 23% de APOB. 10 Em outro estudo com pacientes jovens do sexo masculino, 21 com duração de 24 semanas, a lovastatina reduziu significativamente os níveis de colesterol LDL em todas as dosagens em comparação ao placebo (17%, 24%, 27% com dosagem de 10, 20 e 40 mg/dia, respectivamente; p < 0,001). O tratamento adicional com a dose de lovastatina a 40 mg/dia (de 24 a 48 semanas) reduziu o colesterol LDL em 25% em relação ao placebo (p < 0,001). Em um estudo com a pravastatina, o desfecho primário de eficácia avaliado foi o EMI, com diferença significativa entre pravastatina e placebo (p = 0,02). 18 Além disso, a pravastatina reduziu os níveis de colesterol LDL (-24,1%) em relação ao placebo (+0,3%) com p < 0,001. Os autores sugerem que os achados de EMI e a eficácia do tratamento com pravastatina neste estudo devem ser limitados a crianças com HF. Os resultados de eficácia deste estudo foram semelhantes a outros. Ao final de 48 semanas, os pacientes tratados com sinvastatina apresentaram reduções estatisticamente significativas nos níveis de colesterol LDL (-41%), CT (31%), APOB (-34%), colesterol de lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) (- 21%) e triglicerídeos (TG) (-9%). 11 No estudo com a atorvastatina versus placebo, houve redução média de colesterol LDL (40%), CT (32%), TG (12%) e APOB (34%) no grupo atorvastatina comparado ao grupo placebo (p < 0,001). O aumento nos níveis de colesterol HDL (2,8%) também foi estatisticamente significativo. 16 No estudo que comparou rosuvastatina e placebo, as alterações nos níveis de colesterol LDL, CT e APOB foram estatisticamente significativas para todas as doses (5 mg, 10 mg, 20 mg) (p < 0,001). 19 A maioria dos estudos incluídos nesta meta-análise se concentrou no efeito das estatinas sobre o LDL. Pelos resultados 813

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