ABC | Volume 111, Nº6, Dezembro 2018

Artigo Original Andrade et al Valor Prognóstico da Cintilografia Miocárdica Arq Bras Cardiol. 2018; 111(6):784-793 Tabela 5 – Preditores de resvacularização Características Análise univariada OR (95%) Valor de p Análise multivariada OR (95% CI) Valor de p Idade > 70 anos 0,78 (0,52 a 1,16) 0,223 0,84 (0,55 a 1,28) 0,419 Diabetes melito 1,30 (0,87 a 1,95) 0,198 1,38 (0,89 a 2,15) 0,145 IAM prévio 1,04 (0,71 a 1,52) 0,823 0,69 (0,45 a 1,06) 0,092 Indicação CPM: controle 0,41 (0,27 a 0,61) 0,000 0,86 (0,46 a 1,63) 0,655 Indicação CPM: revascularização incompleta 4,80 (2,93 a 7,87) 0,000 3,55 (1,65 a 7,60) < 0,001 Tempo ICP-CPM < 2a 1,51 (1,35 a 1,75) 0,001 1,55 (1,36 a 1,83) 0,005 Defeito isquêmico > 3% 3,07 (2,09 a 4,64) 0,000 2,87 (1,83 a 451) < 0,001 IAM: infarto agudo do miocárdio; CPM: cintilografia de perfusão miocárdica. Figura 3 – Curva de Sobrevida de Kaplan-Meier de mortalidade de acordo com intervalo ICP prévia-CPM menor ou maior que 2 anos. 1,00 0,75 0,50 0,25 0,00 Sobrevivência cumulativa 0 24 48 72 96 Tempo de seguimento em meses Log Rank p = 0,491 Intervalo ICP prévia-CPM < 2 anos > 2 anos farmacológico. Entretanto, fazendo comparações entre os diferentes grupos de perfusão, os pacientes com CPM anormal sem isquemia apresentaram mortalidade de 3,3% ao ano, superior à encontrada naqueles com perfusão anormal com isquemia e perfusão normal, respectivamente, 2% e 1,2%. Além disso, a extensão do defeito perfusional total foi associada de forma independente ao óbito quando maior que 6%. Na avaliação das outras variáveis, a idade maior que 70 anos foi considerada preditor independente de mortalidade, o que é esperado na evolução natural da doença coronariana. Da mesma forma, a presença de DM foi associada ao maior risco de óbito, semelhante a dados da literatura que evidenciam envolvimento aterosclerótico mais difuso entre os diabéticos e maior propensão para desenvolver reestenose após intervenção percutânea, conferindo maior mortalidade a longo prazo. 20 Acampa et al., 21 haviam ressaltado que pacientes submetidos a estresse farmacológico têm faixa etária mais elevada e maior prevalência de preditores clínicos de isquemia comparado ao que realizam estresse físico, tendo, portanto, prognóstico mais reservado. De maneira similar, no atual estudo, o protocolo de estresse farmacológico foi utilizado em 70% dos pacientes que foram a óbito, sendo associado significativamente ao risco de desfecho. Aspectos relacionados às indicações da CPM também influenciaram diretamente os resultados, estando a realização de exame pré-operatório associada à maior chance de morrer. Uma possível justificativa para tal achado é próprio risco inerente ao ato cirúrgico e potencial de gravidade da patologia que a motivou. Essa variável não foi abordada pelos outros estudos já citados. 9-14 Adespeito de não teremsido incluídos na análisemultivariada devido a forte correlação com os escores de perfusão, a presença de IAM prévio e valores mais baixos da FE forammais frequentemente encontrados entre aqueles que morreram, respectivamente, 69%×51%, p=0,009 e 47±16×54±12, p = 0,001.Outros estudos já haviam demonstrado o impacto da função ventricular na sobrevida dos portadores de doença coronariana e, dentre esses, destaca-se o estudo Coronary 790

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