ABC | Volume 111, Nº5, Novembro 2018

Artigo Original Albertini et al Papel da venografia pré-operatória em reoperações Arq Bras Cardiol. 2018; 111(5):686-696 Figura 1 – Composição da população estudada e fases do estudo. Periodo: Abril/2013 a Julho/2016 Reoperações envolvendo cabos-eletrodos (n = 289) Venografia por subtração digital (n = 100) 189 Indivíduos não foram incluídos • Insuficiência renal (n = 110) • Via de acesso transtorácica (n = 41) • Idade > 90 anos (n = 20) • Alergia a iodo (n = 3) • Neoplasias (n = 1) • Gestação (n = 2) • Não aceitou participar (n = 12) Procedimento Cirúrgico (1) Implante de cabos-eletrodos adicionais; (2) Troca de cabos-eletrodos; (3) Extração de cabos-eletrodos 1) Achados venográficos de obstruções venosas significativas e/ou circulação colateral 2) Impacto dos achados venográficos no planejamento e realização do procedimento cirúrgico Inclusão Composição da população Desfechos Houve equilíbrio entre o número de casos de dispositivos implantados no lado direito (48%) ou no lado esquerdo (52%). Foi possível observar, entretanto, diferenças marcantes com relação ao tempo de implante que, em média, foi de 14,3 ± 6,1 anos para o lado direito, e 8,0 ± 7,9 anos para o lado esquerdo, e quanto ao tipo de dispositivo, com predomínio de marca-passos convencionais no lado direito, e maior distribuição entre os quatro tipos de dispositivos no lado esquerdo. (Tabela 2) Resultados da venografia por subtração digital A análise das venografias demonstrou que 47 pacientes apresentavam lesões venosas significativas, e que em 36 havia circulação colateral venosa. Obstruções venosas moderadas foram observadas em 23 exames, graves em 13 e oclusões em 11. Dentre os 53 pacientes sem obstruções significativas (< 50% da luz do vaso), somente 4 apresentavam circulação colateral. Por outro lado, dos 24 indivíduos com lesão venosa considerada grave ou com oclusão venosa, apenas 2 não apresentavam circulação colateral na venografia. Observou‑se, portanto, que o achado de circulação colateral na venografia foi um forte marcador da presença de lesão venosa, aumentando em 4,9 vezes a taxa de prevalência (IC 95% 3,05 - 8,10; p < 0,0001) dessas lesões. (Figuras 2 e 3) A despeito das diferenças do tempo de implante e dos tipos de dispositivos implantados, houve equilíbrio entre o achado de lesões venosas (p = 0,865) e de circulação colateral (p = 0,715) nos pacientes com dispositivos implantados nos lados direito e esquerdo. Independentemente do lado em que o DCEI estivesse implantado, as veias subclávias e a transição das veias subclávia para o tronco braquiocefálico 689

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