ABC | Volume 111, Nº5, Novembro 2018

Artigo de Revisão Silva et al miRNAs e doença cardiovascular Arq Bras Cardiol. 2018; 111(5):738-746 HUVEC com o miR-133a, houve redução da expressão da proteína alvo MMP-9, enquanto as células incubadas com miR-133a ou miR-145 apresentaram menor expressão de inibidor do ativador de plasminogênio 1 (PAI-1). 76 Conclusão Apesar da complexidade e dos desafios, a identificação dos miRNAs desregulados é crucial, uma vez que possibilita uma melhor compressão dos mecanismos celulares e moleculares envolvidos nas DCVs. A pesquisa sobre miRNAs teciduais e circulantes poderá auxiliar no desenvolvimento de marcadores circulantes de diagnóstico e prognóstico mais acurados em comparação aos já utilizados, assim como novas estratégias terapêuticas para os diferentes estágios da DCV. Apesar do avanço neste campo, ainda existem algumas limitações, por exemplo, no uso dos miRNAs circulantes como biomarcadores. Ainda não são conhecidos completamente os processos moleculares que regulam o empacotamento e a liberação de miRNAs extracelulares, quer por meio de mecanismos mediados por vesículas ou não. Além disso, a detecção dos miRNAs circulantes demanda alto custo técnico, o que limitaria, a princípio, o seu uso na rotina clínica laboratorial. Outro fator limitante é a onipresença dos miRNAs na circulação sanguínea, demandando, assim, investigações adicionais para determinar a sua origem tecidual. Contribuição dos autores Concepção e desenho da pesquisa: Fernandes-Santos C; obtenção de dados, análise e interpretação dos dados, redação do manuscrito e revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Silva DCP, Carneiro FD, Almeida KC, Fernandes-Santos, C. Potencial conflito de interesses Declaro não haver conflito de interesses pertinentes. Fontes de financiamento O presente estudo foi financiado pela FAPERJ. Vinculação acadêmica Este artigo é parte de tese de Doutorado de Debora Cristina Pereira da Silva pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares da Universidade Federal Fluminense. 1. Lee RC, Feinbaum RL, Ambros V. The C. elegans heterochronic gene lin-4 encodes small RNAs with antisense complementarity to lin-14. Cell. 1993;75(5):843-54. 2. Mattick JS, Makunin IV. Non-coding RNA. Hum Mol Genet. 2006;15(spec1):R17-29. 3. Poy MN, Eliasson L, Krutzfeldt J, Kuwajima S, Ma X, Macdonald PE, et al. A pancreatic islet-specific microRNA regulates insulin secretion. Nature . 2004;432(7014):226-30. 4. Calin GA, Sevignani C, Dumitru CD, Hyslop T, Noch E, Yendamuri S, et al. Human microRNA genes are frequently located at fragile sites and genomic regionsinvolvedincancers.ProcNatlAcadSciUSA.2004;101(9):2999-3004. 5. Zhou X, Zuo Z, Zhou F, Zhao W, Sakaguchi Y, Suzuki T, et al. Profiling sex- specific piRNAs in zebrafish. Genetics . 2010;186(4):1175-85. 6. Chang TC, Mendell JT. MicroRNAs in vertebrate physiology and human disease. Annu Rev Genomics HumGenet . 2007;8:215-39. 7. Bartel DP, Chen CZ. Micromanagers of gene expression: the potentially widespread influence of metazoan microRNAs. Nat Rev Genet. 2004;5(5):396-400. 8. Kim VN. MicroRNA biogenesis: coordinated cropping and dicing. Nat Rev Mol Cell Biol . 2005;6(5):376-85. 9. Han J, Lee Y, YeomKH, Nam JW, Heo I, Rhee JK, et al. Molecular basis for the recognition of primary microRNAs by the Drosha-DGCR8 complex. Cell . 2006;125(5):887-901. 10. Lee Y, Han J, Yeom KH, Jin H, Kim VN. Drosha in primary microRNA processing. Cold Spring Harb Symp Quant Biol. 2006;71:51-7. 11. Yi R, Qin Y, Macara IG, Cullen BR. Exportin-5mediates the nuclear export of pre-microRNAs and short hairpin RNAs. Genes Dev . 2003;17(24):3011-6. 12. KimVN, Han J, Siomi MC. Biogenesis of small RNAs in animals. Nat RevMol Cell Biol. 2009;10(2):126-39. 13. Krützfeldt J, Poy MN, Stoffel M. Strategies to determine the biological function of microRNAs. Nat Genet. 2006;38 ( Suppl):S14-9. 14. Rand TA, Petersen S, Du F,Wang X. Argonaute2 cleaves the anti-guide strand of siRNA during RISC activation. Cell. 2005;123(4):621-9. 15. Tang G, Reinhart BJ, Bartel DP, Zamore PD. A biochemical framework for RNA silencing in plants. Genes Dev. 2003;17(1):49-63. 16. Zeng Y, Wagner EJ, Cullen BR. Both natural and designed micro RNAs can inhibit the expression of cognate mRNAs when expressed in human cells. Mol Cell. 2002;9(6):1327-33. 17. Gebauer F, HentzeMW. Molecular mechanisms of translational control. Nat Rev Mol Cell Biol. 2004;5(10):827-35. 18. Zhang J, Zhao H, Gao Y, Zhang W. Secretory miRNAs as novel cancer biomarkers. Biochim Biophys Acta. 2012;1826(1):32-43. 19. MuoioDM, Newgard CB. Mechanisms of disease: molecular andmetabolic mechanisms of insulin resistance and beta-cell failure in type 2 diabetes. Nat Rev Mol Cell Biol. 2008;9(3):193-205. 20. van Rooij E, Liu N, Olson EN. MicroRNAs flex their muscles. Trends Genet. 2008;24(4):159-66. 21. Wang J, Huang W, Xu R, Nie Y, Cao X, Meng J, et al. MicroRNA-24 regulates cardiac fibrosis after myocardial infarction. J Cell Mol Med. 2012;16(9):2150-60. 22. Cheng Y, Tan N, Yang J, Liu X, Cao X, He P, et al. A translational study of circulating cell-free microRNA-1 in acute myocardial infarction. Clin Sci (Lond). 2010;119(2):87-95. 23. Rao PK, Toyama Y, Chiang HR, Gupta S, Bauer M, Medvid R, et al. Loss of cardiac microRNA-mediated regulation leads to dilated cardiomyopathy and heart failure. Circ Res. 2009;105(6):585-94. 24. Xin Y,Yang C, Han Z. Circulating miR-499 as a potential biomarker for acute myocardial infarction. Ann Transl Med. 2016;v.4. Referências 744

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=