ABC | Volume 111, Nº4, Outubro 2018

Artigo de Revisão Oliveira et al Risco-benefício da revascularização carotídea Arq Bras Cardiol. 2018; 111(4):618-625 Tabela 2 – Gestão de pacientes com estenose carotídea extracraniana sintomática 23-24 Estenose Carotídea Recomendações (Classe e Nível de Evidência)* Risco Periprocedimental para manter o benefício clínico < 50% OMT (IA) 50-59% CEA + OMT (IIaB) < 6% CAS + OMT (IIbB) 60-69% CEA + OMT (IIaB) < 6% CAS + OMT (IIbB) 70-99% CEA + OMT (IA) < 6% CAS + OMT (IIaB) Oclusão OMT (IA) OMT: Terapia médica otimizada; CEA: endarterectomia carotídea, CAS: angioplastia e stent carotídeo. (Classes de Recomendação: I – O benefício é maior do que o risco e o tratamento/procedimento deve ser realizado ou administrado; IIa - O benefício é maior do que o risco, mas são necessários mais estudos, então é razoável realizar o procedimento ou administrar tratamento; IIb - O benefício é maior ou igual ao que o risco e o tratamento/procedimento pode ser considerado. Níveis de Evidência: A – Dados derivados de diversos ensaios clínicos randomizados ou meta-análises; B – Dados derivados de um único ensaio clínico randomizados ou múltiplos estudos não-randomizados.) * Para todos os pacientes: Quando o procedimento é indicado, a CAS apenas deve ser realizada se houver um risco alto para a CEA. cerebral ou um ataque isquêmico transitório (TIA) dentro dos seis meses anteriores, afetando o território fornecido pela artéria carótida afetada. 1 O segundo critério é baseado na definição de pacientes de alto risco para endarterectomia carotídea: insuficiência cardíaca congestiva, cardiopatia isquêmica, a necessidade de cirurgia cardíaca associada, doença pulmonar grave, oclusão da artéria carótida contralateral, paralisia do nervo laríngeo recorrente, restenose carotídea após procedimento, radioterapia cervical, cirurgias cervicais anteriores ou idade acima de 80 anos. 32 Uma análise sistemática publicada em 2015 examinou as taxas de acidente vascular cerebral e morte após CAS e CEA em vinte e um registros internacionais, que conjuntamente representam mais de 1.500.000 procedimentos realizados entre 2008 e 2015. 13 Em pacientes assintomáticos sem alto risco de endarterectomia, stent carotídeo apresentou um risco procedimental abaixo de 3% em 43% dos casos, e risco acima de 5% em 14% dos registros. Quanto a revascularização cirúrgica no mesmo grupo, 95% dos registros relataram riscos abaixo de 3% (Figura 1). No grupo de pacientes sintomáticos sem alto risco, 72% dos registros após angioplastia carotídea mostraram uma incidência de acidente vascular cerebral e morte em 30 dias acima de 6%. Por outro lado, apenas 11% dos registros mostraram um risco acima de 6% entre os pacientes submetidos a endartectomia. (Figura 2) Apenas três dos vinte e um registros analisados relataram dados acerca Tabela 3 – Gestão de pacientes com estenose carotídea extracraniana assintomática 23-24 Estenose Carotídea Recomendações (Classe e Nível de Evidência)* Risco Periprocedimental para manter o benefício clínico < 60% OMT (IA) 60-69% OMT (IA); < 3% CEA + OMT (IIaB) ou CAS + OMT (IIbB) 70-99% OMT (IA) < 3% CEA + OMT (IIaB) ou CAS + OMT (IIbB) Oclusão OMT (IA) OMT: Terapia médica otimizada; CEA: endarterectomia carotídea, CAS: angioplastia e stent carotídeo. (Classes de Recomendação: I – O benefício é maior do que o risco e o tratamento/procedimento deve ser realizado ou administrado; IIa - O benefício é maior do que o risco, mas são necessários mais estudos, então é razoável realizar o procedimento ou administrar tratamento; IIb - O benefício é maior ou igual ao que o risco e o tratamento/procedimento pode ser considerado. Níveis de Evidência: A – Dados derivados de diversos ensaios clínicos randomizados ou meta-análises; B – Dados derivados de um único ensaio clínico randomizados ou múltiplos estudos não-randomizados.) * Para todos os pacientes: Quando o procedimento é indicado, a CAS apenas deve ser realizada se houver um risco alto para a CEA. Tabela 4 – Subgrupos de Risco para Intervenção Carotídea Subgrupo Definição Sintomático Ocorrência de acidente vascular cerebral ou um ataque isquêmico transitório (TIA) dentro dos seis meses anteriores, afetando o território fornecido pela artéria carótida afetada. Alto Risco de Endarterectomia Carotídea Insuficiência cardíaca congestiva, cardiopatia isquêmica, necessidade de cirurgia cardíaca associada, doença pulmonar grave, oclusão da artéria carótida contralateral, paralisia do nervo laríngeo recorrente, reestenose carotídea pós-procedimento, radioterapia cervical, cirurgias cervicais prévias ou idade acima de 80 anos 620

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