ABC | Volume 111, Nº4, Outubro 2018

Artigo Original Martins Estratégia guiada por reserva de fluxo fracionada na SCA Arq Bras Cardiol. 2018; 111(4):542-550 Figura 1 – Fluxograma dos estudos incluídos na metanálise. 928 artigos identificados na busca (publicados entre 01 de janeiro de 2000 e setembro de 2017) Estudos em duplicata excluídos (n = 3) 129 artigos avaliados 33 artigos completes escaneados 7 artigos incluídos Exclusão após análise de título e resumo (n = 96) Exclusão após análise do artigo completo (n = 26) Critérios de exclusão: • Delineamento do estudo – revisão (n=20) – editorial (n=3) – sem diferenciação entre os grupos “SCA” e “sem SCA” quanto aos desfeschos Síntese quantitativa dos desfechos Mortalidade: Incluímos 3 estudos, um total de 2074 pacientes na análise. O gráfico de floresta (Figura 2) descreve a metanálise ponderada para o risco relativo da mortalidade em pacientes com SCA em comparação a pacientes sem SCA, quando as decisões relativas à revascularização foram feitas com base na FFR. A análise mostrou heterogeneidade mínima entre os estudos (I2 = 0%; p = 0,78), e não houve diferença significativa entre os pacientes com SCA e sem SCA; o valor do RR total foi 1,44 (IC95%= 0,89-2,35). A exclusão de qualquer estudo não alterou de maneira significativa esses resultados. Mortalidade cardiovascular: incluímos na análise 5 estudos, um total de 3144 pacientes. O gráfico de floresta (Figura 2) descreve a metanálise ponderada do risco de mortalidade da realização de revascularização com base na FFR. Houve heterogeneidade significativa entre os estudos (I2 = 70%; p = 0.01) e não foi observada diferença significativa entre pacientes com SCA e pacientes sem SCA; o RR total foi de 1,29 (IC95% = 0,39–4.25). A exclusão de qualquer dos estudos não alterou de maneira significativa o resultado conjunto. Infarto do miocárdio: foram incluídos sete estudos, com um total de 5107 pacientes em análise conjunta. Lesões diferidas com base na FFR associou-se com um risco adicional significativo de IM (RR = 1,83; IC95% = 1,39–2,40) em pacientes com SCA em comparação a pacientes sem SCA. A Figura 2 descreve metanálise ponderada para IM. A análise combinada mostrou pouca heterogeneidade entre os estudos (I2 = 0%; p = 0,96). Revascularização do vaso alvo: Incluímos na análise 5 estudos, um total de 3475 pacientes. O gráfico de floresta (Figura 2) descreve a metanálise ponderada da TVR em pacientes quando as decisões de revascularização foram tomadas com base na FFR. A análise dos estudos mostrou pouca heterogeneidade entre eles (I2 = 39%; p = 0,16). Não foi observada diferença entre pacientes com SCA e sem SCA quanto ao RR de TVR; o RR total foi 1,46 (IC95% = 0,93 – 2,29). Viés do estudo A análise visual dos gráficos de funil dos desfechos não revelou assimetria entre os estudos. O teste de Begg não foi estatisticamente significativo. Discussão O estudo apresenta revisão sistemática e metanálise comparando a estratégia de diferir lesões e portanto sem revascularização com base no FFR em doentes com ACS e sem ACS. A revascularização guiada por FFR em pacientes com SCA parece ser tão segura como em pacientes sem SCA. 2,17,18 Briasoulis et al., 15 em uma metanálise, avaliaram a abordagem guiada por FFR em pacientes com IAMSSST, em que se observou uma pequena redução na incidência de IM, sem diferenças significativas na incidência de eventos cardíacos adversos importantes (MACE), óbito ou mortalidade por todas as causas, e revascularização do vaso alvo entre a abordagem guiada por FFR em comparação à abordagem guiada por angiografia. 15 544

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=