ABC | Volume 111, Nº3, Setembro 2018

Diretrizes Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda Arq Bras Cardiol. 2018; 111(3):436-539 Quadro 6.1 – Recomendações para avaliação da insuficiência cardíaca (IC) aguda: o que fazer Avaliação inicial da IC aguda Recomendações Classe BNP, NT-proBNP para auxílio no diagnóstico de IC aguda se dúvida diagnóstica I NT-proBNP em uso de sacubitril-valsartana na IC aguda se dúvida diagnóstica I Eletrocardiograma de 12 derivações na admissão: para definição do ritmo, SCA, taqui e bradiarritmias I Radiografia de tórax I Ecocardiograma transtorácico para avaliação estrutural cardíaca, função ventricular, congestão pulmonar e sistêmica, e pesquisa do fator desencadeante da descompensação I Angiocoronariografia na admissão para avaliação na suspeita diagnóstica de SCA ou Takotsubo I BNP: peptídeo natriurético cerebral; NT-proBNP: fração N-terminal pró-peptídeo natriurético cerebral; SCA: síndrome coronariana aguda. Quadro 6.2 – Manejo de insuficiência cardíaca (IC) aguda: o que não podemos deixar de fazer Diuréticos e ultrafiltração Recomendações Classe Prescrição de diuréticos no tratamento de congestão em doses endovenosas equivalentes ou o dobro das doses orais utilizadas I Monitorização frequente de sinais vitais, ingesta hídrica, débito urinário, peso, função renal, eletrólitos e sinais/sintomas de congestão I Diálise e/ou diálise visando à ultrafiltração devem ser consideradas em pacientes com hipervolemia refratária e/ou insuficiência renal aguda I Medicações de uso oral Manter os BB nos pacientes sem evidencia de hipotensao arterial sintomática ou de baixo debito cardiaco I Iniciar BB nos pacientes clínica e hemodinamicamente estáveis sem evidências de congestão I Reduzir a dose do BB em 50% ou suspender na admissao em pacientes com sinais de baixo debito I Suspender os BB em pacientes com choque cardiogenico ou septico, estenose aortica critica, asma bronquica descompensada ou bloqueio atrioventricular avancado I Iniciar ou manter IECA na ausencia de hipotensao arterial sintomatica e na ausência de outras contraindicações I Iniciar ou manter BRA na ausencia de hipotensao arterial sintomatica e na ausência de outras contraindicações I Utilizar antagonista de aldosterona em IC com FEVE < 35% apos o uso de diuretico endovenoso e na ausência de contraindicações I Anticoagulantes Uso de anticoagulaço plena com HBPM ou HNF em pacientes com IC aguda, na presenca de fibrilaço atrial, trombo intracavitario ou protese valvular mecanica, com ou sem disfunço ventricular I Uso de anticoagulaço plena com HBPM ou HNF associada com antiagregantes plaquetários em pacientes com IC aguda com SCA I Uso de anticoagulaço com HBMP ou HNF em pacientes com cardiomiopatia periparto ou miocardio nao compactado com disfunção ventricular importante I Profilaxia de trombose venosa profunda, com HNF em baixas doses ou HBPM, na ausência de anticoagulação plena I Em pacientes com disfunço renal ( clearance de creatinina < 30 mL/minuto), evitar o uso de HBPM e utilizar preferencialmente HNF I Choque cardiogênico e transplante cardíaco Monitorização com linha arterial I Uso de cateter de artéria pulmonar (Swan-Ganz) em pacientes para avaliação de transplante cardíaco ou SCM I Otimização do estado volêmico com soluções cristaloides na ausência de sinais de congestão I Em pacientes com IC aguda e/ou choque cardiogênico com baixo potencial de recuperação, sugere-se que a avaliação da candidatura a transplante seja iniciada precocemente e que seja o mais completa possível, incluindo avaliação psicossocial, mesmo que com dificuldades inerentes ao quadro agudo I Plano de alta e indicadores de qualidade Reavaliação clínica preferencialmente em 7-14 dias após a alta I Educação em autocuidados e monitorização de congestão sistêmica I Programas de acompanhamento frequente multidisciplinar com associação de estratégias para educação contínua, monitorização de sintomas de congestão e intervenção precoce para prevenção de hospitalizações I Pacientes com IC e alto risco de readmissão hospitalar devem ser incluídos em programas de cuidados multidisciplinares para reduzir o risco de hospitalização I Programas multidisciplinares e clínicas de IC devem dispor de profissional de enfermagem com experiência em IC I Serviços de saúde devem garantir a qualidade do processo assistencial e dos cuidados de saúde I Uso de indicadores de qualidade derivados de diretrizes clínicas como metas na melhoria da qualidade dos cuidados com IC I BB: betabloqueador; IECA: inibidor da enzima conversora de angiotensina; BRA: bloqueador do receptor de aldosterona; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; HBPM: heparina de baixo peso molecular; HNF: heparina não fracionada; SCA: síndrome coronariana aguda. 515

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=