ABC | Volume 111, Nº3, Setembro 2018

Diretrizes Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda Arq Bras Cardiol. 2018; 111(3):436-539 perfusão tecidual, de estado volêmico e de disfunção orgânica são fundamentais para definir as escolhas de monitorização hemodinâmica e direcionar o manejo. A monitorização hemodinâmica invasiva com cateter de artéria pulmonar deve ser considerada precocemente, particularmente quando existirem incertezas em relação a diagnóstico, evidência de disfunções orgânicas iminentes ou quando a resposta ao manejo inicial for inadequada. Apesar de historicamente controverso, existem evidências crescentes de que a utilização do cateter de artéria pulmonar em pacientes com choque cardiogênico pode impactar em desfechos. 659,716 O uso de drogas vasoativas é a forma mais rápida e imediata de instituir suporte circulatório. O efeito inotrópico ajuda a contrabalançar a queda do débito cardíaco por aumento da pós-carga. No entanto, doses elevadas estão associadas a piores desfechos, tanto pelo cenário hemodinâmico deletério, como pelo efeito direto de aumento da demanda miocárdica de oxigênio. Existem poucas evidências comparando vasopressores em pacientes com choque de qualquer etiologia, e as decisões de uso devem ser baseadas em experiência clínica e perfil hemodinâmico. Preconiza-se a utilização Quadro 4.2 – Estrutura, responsabilidades e componentes do time de choque Estrutura/operação Sobreaviso médico Responsabilidades Componentes necessários Laboratório de hemodinâmica Cardiologista intervencionista ICP/DAV percutâneo Sobreaviso médico 7/24 horas Laboratório disponível 7/24 horas Staff de enfermagem Sala de cirurgia cardíaca Cirurgião cardíaco ECMO/ transplante/ DAV temporário Sobreaviso médico e perfusionistas 7/24 horas IC avançada/ transplante Especialista em IC avançada/ transplante/ DAV Case manager Avaliação para transplante; DAV coordenação/manejo; opções terapêuticas Sobreaviso médico CTI cardíaco Cardio/intensivista Primeiro respondedor Avalia, tria, aloca recursos Cateter Swan-Ganz, manejo VM Plantão presencial 7/24 horas Staff de enfermagem com experiência em suporte circulatório e cateter Swan-Ganz ICP: intervenção coronária percutânea; DAV: dispositivo de assistência ventricular; ECMO: oxigenação por membrana extracorpórea; IC: insuficiência cardíaca; CTI: centro terapia intensiva; VM: ventilação mecânica. Figura 4.1 – Fluxograma de acionamento do time de choque e manejo do choque cardiogênico. BIT: mensageiro de urgência; CTI: centro de terapia intensiva; IAMCST: infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST; ICP: intervenção coronária percutânea; UTI: unidade de terapia intensiva; IC: insuficiência cardíaca. CHOQUE CARDIOGÊNICO IAM com Supra ST Acionar Equipe Hemodinâmica Não IAM ICP com suporte se indicado Monitorar com Swan Ganz se choque persistente e uso de inotrópicos pós-ICP Time de Choque Staff UTI cardíaca Staff IC avançada/Transplante Staff hemodinâmica/Cirurgião Ligar BIP/CTI Cardio Acionar Time de Choque Manejo de drogas vasoativas cf. recomendação Diretriz Monitorar com Swan Ganz cf. recomendação Diretriz Suporte circulatório mecânico cf. recomendação Diretriz Cineangiocoronariografia se indicado 502

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