ABC | Volume 111, Nº3, Setembro 2018

Diretrizes Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda Arq Bras Cardiol. 2018; 111(3):436-539 2.2.6. Cateter de artéria pulmonar A utilização do cateter de artéria pulmonar em pacientes com IC aguda apresenta benefício em estabelecer o diagnóstico hemodinâmico de pacientes com IC de difícil controle terapêutico ou com indefinição da condição hemodinâmica. 607 Embora os achados hemodinâmicos fornecidos pelo cateter de artéria pulmonar permitam um melhor manuseio terapêutico, não foi demonstrado benefício na redução da mortalidade ou tempo de internação hospitalar com seu uso. 657,658 Por outro lado, estudo observacional sugeriu benefícios na mortalidade intra-hospitalar por IC aguda. 659 A utilização rotineira do cateter de artéria pulmonar para a definição do diagnóstico clínico-hemodinâmico ou como guia para a terapêutica da IC aguda, não está indicado. Tabela 2.3 – Posologia dos inotrópicos e vasoconstritores Inotrópico Posologia Dose máxima Dobutamina 2,5 μg/kg/minuto Avaliar ajuste a cada 10 minutos Efeito hemodinamico em ate 2 horas 10-20 μg/kg/minuto Milrinone Inicial: 0,375 μg/kg/minuto Ajuste a cada 4 horas 0,75 μg/kg/minuto 0,5 μg/kg/minuto na presença de IRA Levosimendana Inicial: 0,05 μg/kg/minuto Ajuste a cada 4 horas de 0,05 μg/kg/minuto Infusão por 24 horas 0,2 μg/kg/minuto Noradrenalina Inicial: 0,1-0,2 μg/kg/minuto Ajuste a cada 15 minutos 1,0 μg/kg/minuto IRA: insuficiência renal aguda. Os vasodilatadores e BB devem ser iniciados com cautela, pelo potencial de induzir a hipotensão arterial ou a disfunção renal, pela condição hiperadrenérgica e hiperreninêmica em que estes pacientes usualmente se encontram pela IC aguda e pela retração de volemia por conta do uso de diuréticos. Recomendações Classe Nível de Evidência Referências Em pacientes com IC aguda, para avaliação de transplante cardíaco ou suporte circulatório mecânico I B 657,658 Para guiar terapia em pacientes com IC refratária ao tratamento padrão ou quando o perfil hemodinâmico é incerto por métodos não invasivos IIA B 657,659 Uso de rotina em pacientes com IC aguda III B - 2.3. Recomendações para medicações orais e anticoagulação na insuficiência cardáica aguda Os medicamentos orais podem ser mantidos ou iniciados nos pacientes com IC aguda que apresentem estabilidade hemodinâmica, sem necessidade do uso de inotrópicos ou vasodilatadores intravenosos. Os pacientes com modelo clínico hemodinâmico quente-congesto com pressão arterial normal ou hipertensos são os mais comumente indicados para a manutenção ou o início dos medicamentos orais, que podem estar associados à furosemida intravenosa. Recomendações Classe Nível de Evidência Referências Manter os BB nos pacientes sem evidencia de hipotensao arterial sintomática ou de baixo debito cardiaco I A 660-662 Iniciar BB nos pacientes clínica e hemodinamicamente estáveis sem evidências de congestão I B 660-662 Reduzir a dose do BB em 50%, ou suspender na admissao, em pacientes com sinais de baixo debito cardíaco I B 660-662 Reduzir a dose do BB em 50% nos pacientes com hipotensao arterial sem baixo debito cardíaco IIA C - Suspender os BB em pacientes com choque cardiogenico ou septico, estenose aortica critica, asma bronquica descompensada ou bloqueio atrioventricular avancado I C - Iniciar ou manter IECA na ausencia de hipotensao arterial sintomatica e na ausência de outras contraindicações I C - Iniciar ou manter BRA na ausencia de hipotensao arterial sintomatica e de outras contraindicações I B 200,663 Utilizar antagonista de aldosterona em IC com FEVE < 35% apos uso de diuretico endovenoso e na ausência de contraindicações I C - Digitalicos no controle da frequência cardíaca em pacientes com IC aguda com disfunço sistolica portadores de FA e alta resposta ventricular IIA C - 495

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