ABC | Volume 111, Nº3, Setembro 2018

Diretrizes Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda Arq Bras Cardiol. 2018; 111(3):436-539 está presente em cerca de 90% dos pacientes, e o baixo débito cardíaco em 10% (Quadro 1.2). Os achados clínicos, ao serem analisados de forma agrupada pelos critérios diagnósticos de Framingham (Quadro 1.3), apresentammaior acurácia diagnóstica, podendo chegar a 75%. A história clínica pregressa ou de internação por IC bem definidos, assim como a identificação do fator causal ou agravante, são fortes indicadores de diagnóstico positivo de IC aguda. 19,586 Os exames laboratoriais e de imagem devem sem solicitados na admissão, para complementar a avaliação clínica no diagnóstico da IC aguda, definir o fator causal e o diagnóstico diferencial, detectar comorbidades que possam agravar a IC aguda, definir e quantificar a congestão pulmonar e sistêmica, e na presença de baixo débito cardíaco, assim como auxiliar no estabelecimento do perfil de risco admissional e prognóstico intra-hospitalar. Figura 1.1 – Fluxograma de abordagem admissional da insuficiência cardíaca (IC) aguda na sala de emergência (SE). IAM: infarto agudo do miocárdio; AVC: acidente vascular cerebral. Pacientes com suspeita de IC aguda Fluxograma Diagnóstico Pacientes com alto risco imediato de vida: • Insuficiência respiratória • IAM • Choque cardiogêncio • Edema agudo de pulmão • Taquiarritmia ou bradicardia • Causa mecânica aguda • Emergência hipertensiva • Embolia pulmonar • AVC/ confusão mental/ desorientação • Comorbidade descompensada 30 minutos Estratificação de risco na SE Baixo risco Risco intermediário Alto risco Boa resposta ao tratamento admissional sem comorbidade descompensada Resposta inadequada ao tratamento admissional ou comorbidade descompensada Alta em até 72 horas Unidades intensivas Unidades intensivas Tratamento admissional na SE 60 – 120 minutos Quadro 1.1 – Identificação de presença de risco imediato de vida e abordagem terapêutica Atuações terapêuticas Presença de insuficiência respiratória aguda Cateter de oxigênio/ ventilação não invasiva/ tubo orotraqueal + suporte mecânico ventilatório Broncodilatadores 577,580 IAM Angioplastia primária/ trombolítico 581 Presença de choque cardiogênico Inotrópicos/ BIA/ suporte mecânico circulatório 582 Sinais neurológicos de AVC ou confusão mental e desorientação Avaliação neurológica/ protocolo de AVC Presença de taquiarritmia ou bradicardia grave Cardioversão elétrica/ marca-passo provisório transcutâneo 577 Emergência hipertensiva Nitroprussiato de sódio/ nitroglicerina por via intravenosa 583,584 Fator causal mecânico ou lesão valvular aguda ETE/ intervenção cirúrgica ou percutânea 577 Embolia pulmonar Trombolítico 585 Comorbidades: sepse e diabetes melito descompensado Protocolos de sepse e de diabetes IAM: infarto agudo do miocárdio; BIA: balão intra-aórtico; AVC: acidente vascular cerebral; ETE: ecocardiograma transesofágico. 485

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