ABC | Volume 111, Nº3, Setembro 2018

Diretrizes Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda Arq Bras Cardiol. 2018; 111(3):436-539 Quadro 16.1 – Diagnóstico e prevenção da insuficiência cardíaca (IC). O que não podemos deixar de fazer? Recomendações Classe ECG e ecocardiografia na avaliação inicial de todos os pacientes com suspeita de IC I Novo ecocardiograma quando há mudança de estado clínico e/ou após otimização do tratamento I Dosagem de peptídeos natriuréticos quando há dúvida no diagnóstico da IC I RMC como método alternativo quando ecocardiograma se mostrar inadequado I Cineangiocoronariografia em pacientes com angina ou com exames não invasivos sugestivos de etiologia isquêmica I Investigação não invasiva de cardiopatia isquêmica no paciente com alto risco de DAC I Para pacientes sem disfunção de VE (Estágio A): cessação de tabagismo, redução da ingesta excessiva de bebidas de álcool e tratamento da hipertensão I Para pacientes com disfunção de VE assintomáticos (Estágio B): uso de IECA e de BB I ECG: eletrocardiograma; RMC: ressonância magnética cardíaca; VE: ventrículo esquerdo; DAC: doença arterial coronariana; IECA: inibidores da enzima conversora de angiotensina; BB: betabloqueador. Quadro 16.2 – Tratamento da insuficiência cardíaca (IC). O que não podemos deixar de fazer? Recomendações Classe Programas de cuidado multidisciplinar I IECA na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) de qualquer etiologia I BRAs na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) de qualquer etiologia, se intolerância ou alergia à IECA I BB (bisoprolol, carvedilol e succinato de metoprolol) na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) de qualquer etiologia I Antagonistas dos receptores mineralocorticoides na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) de qualquer etiologia I Hidralazina e nitrato para autodeclarados afrodescendentes na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) em classes funcionais avançadas (III-IV da NYHA) I Outros tratamentos que reduzem mortalidade total Sacubitril/valsartana em lugar de IECA (ou BRA) para disfunção de VE sintomática já em uso terapêutica otimizada I Hidralazina e nitrato na disfunção de VE (FEVE < 40%), para pacientes com contraindicação para uso de IECA ou BRA, de qualquer raça I TRC para disfunção de VE grave (FEVE ≤ 35%) sintomática, em ritmo sinusal, com morfologia de bloqueio completo de ramo esquerdo e duração de QRS ≥ 150 milissegundos, apesar de terapêutica otimizada I Cardiodesfibrilador implantável para prevenção secundária de morte súbita I Cardiodesfibrilador implantável para prevenção primária de morte súbita na IC de etiologia isquêmica (FEVE ≤ 35%, classe funcional II-III da NYHA, > 40 dias pós-IAM) I Revascularização miocárdica percutânea ou cirúrgica para disfunção de VE grave, quadro de angina de peito limitante (classe III-IV) ou lesão de TCE (> 50%), com anatomia coronariana favorável para o procedimento escolhido I Revascularização miocárdica cirúrgica na IC com disfunção de VE grave (FEVE ≤ 35%) e lesões coronarianas múltiplas passíveis de revascularização cirúrgica (sem angina limitante e sem lesão de TCE) I Tratamentos que melhoram a morbidade e qualidade de vida Reabilitação cardiovascular para ICEFEr e ICFEp I Vacinação anual para influenza e vacinação periódica para pneumococos I Diuréticos para controle de congestão para ICEFEr e ICFEp I IECA: inibidores da enzima conversora de angiotensina; VE: ventrículo esquerdo; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; BRA: bloqueadores dos receptores da angiotensina; BB: betabloqueador; NYHA: New York Heart Association; TRC: terapia de ressincronização cardíaca; IAM: infarto agud do miocárdio; TCE: tronco de coronária esquerda; ICFEr: insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida; ICFEp: insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada. sexo feminino e 59% com ICFEr. As principais etiologias foram isquêmica (30%), hipertensiva (20%), dilatada idiopática (15%), valvar(12%)edoençadeChagas(11%).Ospacientesapresentaram alta taxa de mortalidade intra-hospitalar (13%) e baixa taxa de prescrição de medicamentos baseados em evidências. 15 Esta taxa de mortalidade foi maior do que a de 4% reportada nos registros internacionais de IC aguda. Nestes registros, a mortalidade em 1 ano de pacientes com IC aguda foi 11% a 17%, e a necessidade de reinternação ocorreu em 44% a 66% dos casos. 572,574 483

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=