ABC | Volume 111, Nº2, Agosto 2018

Artigo Original Marino et al Cintilografia 123 I-MIBG na Insuficiência Cardíaca Arq Bras Cardiol. 2018; 111(2):182-190 Figura 3 – Washout cardíaco da 123 I-MIBG (Wc%) nos pacientes CCC, não-CCC e TC. Grupos: CCC: cardiomiopatia chagásica crônica; não-CCC: cardiopatia de outra etiologia que não chagásica; TC: pacientes submetidos a transplante cardíaco. CCC não-CCC TC Grupo p = 0,577 75,00 50,00 25,00 0,00 Wc% -25,00 * Figura 2 – HMR precoce e tardia de 123 I-MIBG nos pacientes CCC, não-CCC e TC. HMR precoce - relação das contagens coração/mediastino estimada nas imagens de 15 min (captação precoce). Grupos: CCC: cardiomiopatia chagásica crônica; não-CCC: cardiopatia de outra etiologia que não chagásica; TC: transplantados cardíacos; HMR tardia: relação das contagens coração/mediastino estimada nas imagens de 180min (captação tardia). p = 0,251 p = 0,002 p < 0,001 p = 0,002 p = 0,126 p = 0,011 2,25 2,00 1,75 1,50 1,25 1,00 2,00 2,20 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 CCC não-CCC TC Grupo CCC não-CCC TC Grupo HMR precoce HMR tarde Por outro lado, a importância da disfunção simpática na CCC vem sendo questionada por diferentes autores em decorrência de: variação da intensidade da desnervação; ausência de correlação entre desnervação parassimpática e extensão da disfunção miocárdica; 19 presença da disfunção autonômica já nos estágios precoces da doença de Chagas; 4,15,19 correlação entre a persistência do processo inflamatório miocárdico e a morbimortalidade desses pacientes, 35 a despeito dos níveis séricos de catecolaminas. Os valores estimados para o Wc% mostraram-se elevados e anormais nos três grupos estudados, sendo compatíveis com disfunção simpática em pacientes com IC não diferente dos TC (p = 0,577). É possível que o tônus simpático, traduzido pelo Wc%, 13,28 encontre-se alterado mais precocemente e de maneira mais acentuada que a HMR tardia e, portanto, podendo até mesmo se constituir em parâmetro mais sensível para avaliação prognóstica, conforme já descrito. 33 Por fim, observamos uma correlação positiva, ainda que fraca, porém com significância estatística entre HMR e FEVE nos portadores de IC. A FEVE é rotineiramente utilizada para avaliação prognóstica na IC. 22,36 Assim, essa fraca correlação pode indicar que esse parâmetro cintilográfico seja mais acurado e mais precocemente alterado, conforme 186

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=