ABC | Volume 111, Nº2, Agosto 2018

Artigo Original Farsky et al Inflamação persistente após stent Arq Bras Cardiol. 2018; 111(2):134-141 Figura 2 – Comparação da coloração das proteínas TNF-alfa e IL-6 em diferentes camadas do tecido arterial. Três grupos foram comparados: A1 (artérias com stent), A2 (artérias nativas de pacientes com stent em outra artéria) e A3 (controle, pacientes sem implantação prévia de stent). A coloração da proteína TNF-alfa foi maior no tecido adiposo do grupo A1 (6,69 ± 3,87 vs 2,27 ± 4,00; p < 0,001) (a), assim como na camada médio-intimal (5,16 ± 5,05 vs 1,90 ± 2,27; p = 0,02) (b). A coloração da proteína IL-6 foi maior no tecido adiposo do grupo A1 do que no do grupo A3 (2,29 ± 1,96 vs 0,28 ± 0,33; p = 0,048) (c). O teste de Kruskall-Wallis e o teste de Tukey para comparações múltiplas não paramétricas foram usados para a análise estatística. A diferença foi considerada significativa para p-valores < 0,05. 15 15 20 10 10 5 5 5 0 0 0 1 2 3 4 % coloração % coloração % coloração p < 0,001 p = 0,023 p = 0,048 A1 A2 A3 A1 A2 A3 A1 A2 A3 a) Tecido adiposo - TNF-alfa b) Camada médio-intimal - TNF-alfa c) Tecido adiposo - IL-6 não mais existia nesse período. 12 Nenhum paciente com stent farmacológico (SF) foi arrolado no presente estudo. A literatura prévia relata ummaior número de linfócitos T e macrófagos nas lesões de SF do que nas de SC, sugerindo que o mecanismo de reestenose após a implantação do SF seja diferente daquele observado após a implantação do SC. 13 Neste estudo, a expressão de gene nas células do sangue periférico e a localização de proteína no tecido das artérias coronárias foram consideradas para avaliar inflamação sistêmica e local, respectivamente. Vale a pena mencionar que a cirurgia de RVM representa uma rara oportunidade para se obter amostras de tecido arterial coronariano para pesquisa sem prejuízo para o paciente, sendo essa a razão pela qual tão poucos estudos trabalharam com esse tipo de amostra biológica. Na maioria deles, as amostras foram obtidas de placas ateroscleróticas por endarterectomia. 14,15 Figura 3 – Visão panorâmica (esquerda) e de grande aumento (direita) da camada arterial médio-intimal corada por imuno-histoquímica de indivíduos com implantação prévia de stent. Painéis A e B mostram células MHCII-positivas, com morfologia de macrófagos (setas), circundando o núcleo lipídico (LC). Painéis C e D mostram grande quantidade de TNF-alfa no citoplasma de células inflamatórias (setas) e no núcleo lipídico (LC). Painéis E e F exibem menor número de células inflamatórias positivas para a proteína IL-6 em sítios semelhantes (setas). 139

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