ABC | Volume 111, Nº2, Agosto 2018

Artigo Original Sampaio et al Monitorização do ritmo, fibrilação atrial e acidente vascular cerebral Arq Bras Cardiol. 2018; 111(2):122-131 Tabela 4 – Achados de monitorização via POIP segundo os grupos de avaliação Variáveis AVC/AIT (n = 26) Controles (n = 26) Valor de p F Fibrilação atrial (< 30seg)* 6 (23,1%) 1 (3,8%) 0,099 Primeiras 24h 2 (7,7%) 1 (3,8%) 1,000 Taquicardia atrial 22 (84,6%) 18 (69,2%) 0,324 < 65 anos 4 (66,7%) 5 (62,5%) 1,000 ≥ 65 anos 18 (90%) 13 (72,2%) 0,222 Primeiras 24h 12 (46,2%) 14 (53,8%) 0,782 ESSV frequentes** 4 (15,4%) 6 (23,1%) 0,727 < 65 anos - 1 (12,5%) - ≥ 65 anos 4 (20%) 5 (27,8%) 0,709 Primeiras 24h 2 (7,7%) 6 (23,1%) 0,249 Taquicardia atrial ou ESSV frequentes 22 (84,6%) 19 (73,1%) 0,499 < 65 anos 4 (66,7%) 5 (62,5%) 1,000 ≥ 65 anos 18 (90%) 14 (77,8%) 0,395 Primeiras 24h 12 (46,2%) 14 (53,8%) 0,782 Taquicardia ventricular 7 (26,9%) 7 (26,9%) 1,000 < 65 anos - 2 (25%) - ≥ 65 anos 7 (35%) 5 (27,8%) 0,734 Primeiras 24h 3 (11,5%) 4 (15,4%) 1,000 Extrassístoles ventriculares frequentes 8 (30,8%) 7 (26,9%) 1,000 < 65 anos 1 (16,7%) 1 (12,5%) 1,000 ≥ 65 anos 7 (35%) 6 (33,3%) 1,000 Primeiras 24h 6 (23,1%) 6 (23,1%) 1,000 ESSV: extrassístoles supraventriculares; * todos os casos identificados em pacientes com 65 anos ou mais; **no caso das extrassístoles, foram consideradas frequentes aquelas com mais de 30 ocorrências/hora; F teste exato de Fisher. As perdas de transmissão, mesmo com o PoIP adequadamente conectado à operadora, podem ocorrer por instabilidades da rede de telefonia móvel. Durante esse período o PoIP continua conectado à operadora e, quando a rede se estabiliza, a transmissão volta a ocorrer (Figura 3). Apesar de essas instabilidades serem em geral de curta duração, neste estudo essas perdas equivaleram a 11,4% do tempo monitorizado, aproximadamente 19 horas por paciente por semana (Tabela 2). Foi identificado que após reparos efetuados pelas operadoras em torres e antenas de transmissão danificadas, o protocolo de recepção era atualizado para 3G o que dificulta a recepção de sinal transmitido em 2,5G (GPRS, General Packet Radio Service ). A atualização do PoIP para tecnologia 3 ou 4G deverá solucionar esse problema além de reduzir muito o gasto energético com a transmissão dos pacotes de dados, otimizando a duração da bateria recarregável, reduzindo o tempo gasto com a recarga e melhorando a performance da monitorização. Houvemaior perda de dados por artefatos namonitorização pelo PoIP no grupo controle, o que pode ser justificada pela livre movimentação dos pacientes em regime ambulatorial. Arritmias registradas no PoIP (primeiras 24 hs) comparado ao Holter de 24 hs Nas primeiras 24 horas, não houve diferença nas arritmias observadas (TA, ESSV, ESSV+TA). A despeito de um maior período de monitorização pelo Holter, o PoIP registrou todas as salvas de TA e os 3 episódios de fibrilação atrial (2 no grupo AVC e 1 no grupo controle). Holter de 24 hs comparado à monitorização prolongada Na comparação dos achados das monitorizações via Holter e via PoIP foram observadas proporções maiores de TA e de ESSV frequentes na monitorização pelo PoIP tanto no grupo AVC/AIT quanto no grupo controle, esperado pelo maior tempo de monitorização. Arritmias registradas no grupo AVC comparado com um grupo controle Não foi observada diferença significativa na ocorrência de TA ou fibrilação atrial não sustentada, comparando pacientes com AVC criptogênico e um grupo controle pareado por sexo, 128

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