ABC | Volume 111, Nº2, Agosto 2018

Artigo Original AVC Isquêmico Agudo Criptogênico: Avaliação do Desempenho de um Novo Sistema de Monitorização Contínua e Prolongada, via Telefonia Celular, na Detecção de Fibrilação Atrial Cryptogenic Acute Ischemic Stroke: Assessment of the Performance of a New Continuous Long-Term Monitoring System in the Detection of Atrial Fibrillation Rogerio Ferreira Sampaio, Isabel Cristina Gomes, Eduardo Back Sternick Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG - Brasil Correspondência: Eduardo Back Sternick • Alameda do Morro, 85 Condominio Olympus, Torre 4, Apto 1900, Vila da Serra. CEP 34006-083, Vila da Serra, Nova Lima, MG – Brasil. E-mail: eduardosternick@gmail.com, eduardo.sternick@cienciasmedicasmg.edu.br Artigo recebido em 16/06/2017, revisado em 23/01/2018, aceito em 11/04/2018. DOI: 10.5935/abc.20180112 Resumo Fundamentos: Monitorização prolongada permite maior detecção de fibrilação atrial (FA) em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico criptogênico. Não há consenso sobre a duração ideal da monitorização ou o valor prognóstico da FA de curta duração. Objetivos: Avaliar o desempenho de um novo sistema de monitorização ambulatorial (PoIP) com transmissão por telefonia celular, comparado ao Holter 24 horas, e a ocorrência de arritmias comparando pacientes com e sem AVC ou ataque isquêmico transitório (AIT). Métodos: Pacientes consecutivos com e sem AVC/AIT, sem FA, foram pareados pelo escore de propensão. Foi utilizado Holter 24 horas e o PoIP por 7 dias. Resultados: Selecionamos 52 de 84 pacientes (26 com AVC/AIT agudo e 26 controles). O tempo de conexão foi de 156,5 ± 22,5 horas e o de gravação no servidor foi de 148,8 ± 20,8 horas, com perdas de 6,8 e 11,4%, respectivamente. Houve maior tempo de conexão nos pacientes ambulatoriais (164,3 ± 15,8 h) que nos hospitalizados (148,8 ± 25,6h) (p= 0,02) com tempo de gravação semelhante (153,7 ± 16,9 e 143 ± 23,3 h). Detectamos FA pelo Holter em 1 paciente com AVC e pela monitorização prolongada em 7 (1 controle e 6 AVC). Não houve diferença na incidência de outras arritmias entre os grupos. Conclusões: Holter e PoIP tiveram desempenho equivalente nas primeiras 24 horas. O menor tempo de monitorização nos pacientes hospitalizados ocorreu por sinal de baixa intensidade. Perda de dados (4,5%) ocorreu por discrepância entre protocolos de transmissão (2,5G) e recepção pelas antenas (3G). A incidência de arritmias não diferiu entre os grupos AVC/AIT e controle. (Arq Bras Cardiol. 2018; 111(2):122-131) Palavras-chave: Fibrilação Atrial; Acidente Vascular Cerebral (AVC); Eletrocardiografia Ambulatorial; Telefone Celular; Ataque Isquêmico Transitório. Abstract Background: Long-term monitoring has been advocated to enhance the detection of atrial fibrillation (AF) in patients with stroke. Objective: To evaluate the performance of a new ambulatory monitoring system with mobile data transmission (PoIP) compared with 24-hour Holter. We also aimed to evaluate the incidence of arrhythmias in patients with and without stroke or transient ischemic attack. Methods: Consecutive patients with and without stroke or TIA, without AF, were matched by propensity score. Participants underwent 24-hour Holter and 7-day PoIP monitoring. Results: We selected 52 of 84 patients (26with stroke or TIA and 26 controls). Connection and recording times were 156.5±22.5 and 148.8±20.8 hours, with a signal loss of 6,8%and11,4%, respectively. Connection timewas longer in ambulatory (164.3±15.8 h) than in hospitalizedpatients (148.8±25.6 h) (p = 0.02), while recording time did not differ between them (153.7 ± 16.9 and 143.0 ± 23.3 h). AF episodes were detected in 1 patient with stroke by Holter, and in 7 individuals (1 control and 6 strokes) by PoIP. There was no difference in the incidence of arrhythmias between the groups. Conclusions: Holter and PoIP performed equally well in the first 24 hours . Data transmission loss (4.5%) occurred by a mismatch between signal transmission (2.5G) and signal reception (3G) protocols in cell phone towers (3G). The incidence of arrhythmias was not different between stroke/TIA and control groups. (Arq Bras Cardiol. 2018; 111(2):122-131) Keywords: Atrial Fibrillation; Stroke; Electrocardiography, Ambulatory; Cell Phone; Ischemic Attack, Transient. Full texts in English - http://www.arquivosonline.com.br 122

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=