ABC | Volume 111, Nº1, Julho 2018

Artigo Original Martins et al Regurgitação aórtica após cirurgia de Jatene Arq Bras Cardiol. 2018; 111(1):21-28 Figura 1 – Medidas da aorta. Imagem da neo-aorta pelo ecocardiograma bidimensional no corte paraesternal do eixo longo do VE. São mostrados os locais das medidas: A- anel aórtico; B- seio de Valsalva; C- região sinotubular; D- aorta ascendente. Medidas seriadas do anel neo-aórtico, do seio de Valsalva, da região sinotubular e da aorta ascendente foram realizadas no corte paraesternal do eixo longo do VE e indexadas para superfície corporal seguindo as diretrizes da Sociedade Americana de Ecocardiografia (ASE) (Figura 1). De acordo com essas diretrizes, considerou-se que a raiz da aorta se estende do local de implante dos folhetos aórticos com a via de saída do VE até a porção tubular da aorta (junção sinotubular). 9 A raiz da aorta é uma estrutura geometricamente complexa que inclui: (1) anel da valva aórtica; (2) triângulos entre os folhetos; (3) folhetos aórticos semilunares e suas inserções; (4) seios aórticos de Valsalva; (5) junção sinotubular. 10 As medidas aórticas foram realizadas nos seguintes locais: (1) anel da valva aórtica; (2) o diâmetro máximo do seio de Valsalva; (3) junção sinotubular (usualmente uma transição demarcada entre os seios de Valsalva e a porção tubular da aorta ascendente); (4) diâmetro máximo da aorta proximal ascendente, incluindo a anotação da distância entre o local de medida e a junção sinotubular. 9 As medidas do anel aórtico, do seio de Valsalva, da região sinotubular e da aorta ascendente foram indexadas utilizando o escore Z. 11,12 Da mesma forma, as medidas do anel aórtico foram realizadas seguindo a recomendação da ASE. 9 Assim, foram feitas no modo zoom , utilizando a medida no meio da sístole, quando o anel está levemente maior e mais redondo do que na diástole, entre os pontos de articulação dos folhetos da valva aórtica (usualmente entre o ponto de articulação da cúspide coronariana direita e a borda do seio do lado das comissuras entre as cúspides do folheto esquerdo e não coronariano) em sua borda interna. Ainda segundo as recomendações, todas as outras medidas aórticas foram feitas no final da diástole, em um plano estritamente perpendicular ao eixo longo da aorta. 9 A regurgitação da valva neo-aórtica foi avaliada pelo ecocardiograma com Color Doppler e quantificada em ausente ou trivial, leve, moderada e severa, dependendo da relação do jato regurgitante e do diâmetro da via de saída do VE. 13 Se a relação fosse menor que 0,25, a regurgitação foi quantificada como leve; entre 0,25 e 0,5, moderada; maior que 0,5, severa. Contudo, diante da possibilidade de subestimar o grau de regurgitação valvar nos pacientes com dilatação do anel aórtico, foi realizada análise do fluxo em aorta descendente pelo Doppler. Na presença de fluxo reverso holodiastólico na aorta descendente, a regurgitação foi considerada moderada ou importante. 14 O grau de regurgitação foi comparado com o diâmetro da neo-aorta em suas respectivas medidas. O cálculo da superfície corporal foi realizado utilizando a fórmula de Mosteller: A = √ (altura x peso) / 3600). 15 Análise estatística Para coleta de dados e gerenciamento do banco de dados, utilizou-se o programa Epi Info , versão 6. Para as análises estatísticas, utilizaram-se os programas Epi Info e Microsoft Office Excel , versão 2000. Para elaboração e edição de tabelas, utilizou-se o programa Microsoft Office Excel , versão 2000. As variáveis categóricas foram comparadas usando-se os testes estatísticos do Qui-Quadrado de Pearson e o teste Exato do Fisher, quando necessário. As contínuas foram comparadas pelo teste t de Student para amostras independentes quando a distribuição foi normal para a comparação de médias, o teste t pareado para amostras pareadas e o teste de Kruskal-Wallis para a comparação das medianas. Análise de variância (ANOVA) foi usada para a comparação de vários grupos em um só tempo, com variáveis contínuas. 23

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