ABC | Volume 111, Nº1, Julho 2018

Artigo Especial Ayub-Ferreira Diretriz de ACM da SBC Arq Bras Cardiol. 2018; 111(1):4-12 Os parâmetros hemodinâmicos considerados ótimos em relação à função ventricular direita e que diminuiriam o risco de disfunção de VD pós-implantes seriam: PVC ≤ 8 mmHg; PCP ≤ 18 mmHg; PVC/PCP ≤ 0,66; Resistência Vascular Pulmonar (RVP) < 2 unidades wood e trabalho indexado de VD ≥ 400 mL/m 2 . Quadro 1 – Classificação de Interagency Registry for Mechanically Assisted Circulatory Support (INTERMACS) Perfil Descrição Estado hemodinâmico Tempo para intervenção 1 Choque cardiogênico grave Hipotensão persistente, apesar do uso de inotrópicos e/ou assistência circulatória mecânica temporária, associada à disfunção orgânica Horas 2 Declínio progressivo, apesar do uso de inotrópico Declínio da função renal e hepática, estado nutricional e lactatemia, a despeito do uso de agentes inotrópicos em doses otimizadas Dias 3 Estável às custas de inotrópico Estabilidade clínica em vigência de terapia inotrópica mas com histórico de falência do desmame Semanas a meses 4 Internações frequentes Sinais de retenção hídrica, sintomas ao repouso e passagens frequentes a unidades de emergência Semanas a meses 5 Em casa, intolerante aos esforços Limitação marcante para atividades, porém confortável ao repouso, a despeito de retenção hídrica Urgência variável, dependente do estado nutricional e do grau de disfunção orgânica 6 Limitação aos esforços Limitação moderada aos esforços e ausência de sinais de hipervolemia Urgência variável, dependente do estado nutricional e do grau de disfunção orgânica 7 NYHA III Estabilidade hemodinâmica e ausência da hipervolemia Sem indicação NYHA: New York Heart Association. Quadro 2 – Escores preditores de risco pós-implante de dispositivo de assistência circulatória mecânica Escore de risco para terapia de destino 6 Escore de risco para terapia de ponte/destino (HMII escore) 7 Escore de risco pré-operatório 8 Escore de risco pré-operatório 9 Risco de óbito hospitalar em 90 dias (fluxo pulsátil) Risco de óbito em 90 dias (fluxo contínuo) Risco de óbito após implante (média de 84 dias) Risco de óbito após implante (média de 100 dias) Plaquetas < 148.000/µL OR: 7,7 Idade (por 10 anos) OR: 1,32 Débito urinário < 30 mL/hora RR: 3,9 Falência respiratória/sepse OR: 11,2 Albumina < 3.3 mg/dL OR: 5,7 Albumina OR: 0,49 PVC > 16 mmHg RR: 3,1 Insuficiência cardíaca direita OR: 3,2 INR > 1,1 OR: 5,4 Creatinina OR: 2,1 Ventilação mecânica RR: 3 Idade > 65 anos OR: 3,01 Uso de vasodilatador OR: 5,2 INR OR: 3,11 Tempo de protrombina > 16 segundos RR: 2,4 Falência ventricular aguda pós‑cardiotomia OR: 1,8 Pressão média da artéria pulmonar < 25 mmHg OR: 4,1 Volume do centro < 15 implantes OR: 2,24 Reoperação RR: 1,8 Infarto agudo do miocárdio OR: 1,7 TGP > 45 U/mL OR: 2,6 Leucócitos > 15.000 RR: 1,1 Hematócrito < 34% OR: 3,0 Temperatura > 101,5 F RR: 0 BUN > 51 U/dL OR: 2,9 Uso de Inotrópicos intravenosos OR: 2,9 HMII: HeartmateII; OR: odds ratio; RR: risco relativo; PVC: pressão venosa central; INR: índice internacional normalizado; TGP: transaminase glutâmico pirúvica; BUN: Blood Urea Nitrogen. 5

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=