ABC | Volume 110, Nº6, Junho 2018

Artigo de Revisão Muniz et al Ultrassom pulmonar em pacientes com IC Arq Bras Cardiol. 2018; 110(6):577-584 comparados a cardiologistas para análise de linhas B e derrame pleural (k = 0,71 e 0,66, respectivamente). 19 Esses resultados e demais dados estão apresentados na Tabela 1. Platz et al., 20 ao analisarem as linhas B com dados do doppler cardiográfico, encontraram correlação com diâmetro diastólico final (DDF) do ventrículo esquerdo (VE; p = 0,036) e diâmetro sistólico final do VE (p = 0,026), com espessamento da parede septal (p = 0,009), índice de massa do VE (p = 0,001), índice de volume do átrio esquerdo (p = 0,005), velocidade da regurgitação tricúspide (p = 0,005) e pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP, p = 0,003). Platz et al., 21,22 concluíram, em dois trabalhos distintos, que a duração dos vídeos (“clips”) é mais importante que o tipo de aparelho usado na análise das linhas B e que as linhas B se correlacionam com pressões do átrio direito, pressão arterial diastólica e sistólica pulmonar e pressão venosa central, mas não se correlacionaram com a pressão de oclusão da artéria pulmonar nem com o índice cardíaco. Em nossa experiência inicial, a congestão pulmonar detectada à UP correlacionou-se mais com a PSAP do que com o DDF, 86% e 58% respectivamente. Ultrassonografia pulmonar e avaliação diagnóstica Foi identificado derrame pleural em 100% dos pacientes com IC descompensada em cenário pré-hospitalar, 13 e Prosen et al., 18 concluíram que a UP tem potencial para diferenciar dispneia de origem cardiogênica ou pulmonar, principalmente quando associado ao uso do BNP, onde se observou aumento da sensibilidade e especificidade diagnóstica para associação do UP com o BNP. No cenário da emergência, Pivetta et al., 23 observaram aumento da acurácia diagnóstica e 19% dos pacientes foram reclassificados quanto ao diagnóstico após a realização da UP. Russel et al., 24 encontraram uma mudança de conduta na fase aguda em torno de 47% dos casos. Gallard et al., 25 encontraram uma acurácia de 90% quando a UP foi comparada ao exame clínico (67%, p=0,001) e quando comparada ao exame clínico acrescido de NT-próBNP e radiografia do tórax (81%, p=0,04). Oskan et al., 26 ao compararem o desempenho diagnóstico entre UP e ausculta, encontraram sensibilidade de 100% e 89% vs. 75% e 73%, respectivamente, para o diagnóstico de IC descompensada e pneumonia. Tanto Gullet et al., 16 quanto Chiem et al., 17 encontraram concordância entre o executor com pouca experiência ou recém-treinado e o especialista na análise interobservador para o diagnóstico de pacientes dispneicos na sala de emergência. Quanto ao diagnóstico de IC descompensada em pacientes dispneicos na emergência, Anderson et al., 27 encontraram valores semelhantes para a UP (S=70%) e o BNP>500 pg/mL (S=75%). EMartindale et al., 28 encontraram superioridade da UP (74%) versus radiografia do tórax (58%) na concordância global com o padrão-ouro para o Bases de Dados Medline (n = 1015) Lilacs (n = 239) (n = 78 artigos) (n = 54 artigos) (n = 26 artigos) Excluídos por não haver relação ao tema do trabalho: Medline (n = 960) Lilacs (n = 216) 12 artigos em duplicata 12 artigos (carta, editoriais, relato de caso, descrição de metodologia) Outras exclusões: Animais (n = 5) Revisões (n = 10) Abstract (n = 5) Outras línguas (n = 8) Figura 3 – Elaboração da busca estrutural segundo o modelo PRISMA de revisões sistemáticas. 579

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