ABC | Volume 110, Nº6, Junho 2018

Artigo Original Karaman et al Repolarização do miocárdio e CVP Arq Bras Cardiol. 2018; 110(6):534-541 Tabela 1 – Características da linha basal e parâmetros laboratoriais e ecocardiográficos da população do estudo Variáveis Grupo 1 (n = 32) Grupo 2 (n = 36) Grupo 3 (n = 32) p* Idade, anos 49,60 ± 16,50 51,40 ± 17,00 52,10 ± 12,90 0,805 Sexo feminino, n (%) 16,00 (50,00) 19,00 (52,80) 14,00 (43,80) 0,752 Índice de massa corpórea, kg/m 2 24,10 ± 2,50 23,60 ± 3,60 23,40 ± 4,40 0,657 Hipertensão, n (%) 8,00 (25,00) 12,00 (33,30) 10,00 (31,30) 0,743 Diabetes melito, n (%) 1,00 (3,10) 4,00 (11,10) 5,00 (15,60) 0,240 Doença arterial coronária, n (%) 7,00 (21,90) 10,00 (27,80) 11,00 (34,40) 0,538 Tabagismo, n (%) 6,00 (18,80) 5,00 (13,90) 7,00 (21,90) 0,687 Pressão arterial sistólica (mmHg) 125,40 ± 15,40 125,10 ±14,30 122,80 ±14,00 0,737 Pressão arterial diastólica (mmHg) 78,70 ± 7,50 77,50 ± 8,10 76,70 ± 8,90 0,638 Fração de ejeção ventricular esquerda (%) 62,80 ± 3,70 61,30 ± 4,20 60,90 ± 4,70 0,167 Septo interventricular (mm) 9,80 ± 0,70 10,20 ± 0,80 10,00 ± 0,80 0,460 Creatinina, mg/dL 0,82 ± 0,22 0,85 ± 0,22 0,83 ± 0,21 0,816 Relação neutrófilo-linfócito 1,90 ± 0,57 2,36 ± 1,05 2,26 ± 1,67 0,267 Hemoglobina, gr/dL 14,60 ± 1,60 14,00 ± 1,40 14,20 ± 1,80 0,345 β-bloqueadores, n (%) 15,00 (46,90) 16,00 (44,40) 11,00 (34,40) 0,559 Inibidores de enzima conversora de angiotensina, n (%) 8,00 (25,00) 9,00 (25,00) 6,00 (18,80) 0,787 Bloqueadores de receptores de angiotensina, n (%) 4,00 (12,50) 5,00 (13,90) 4,00 (12,50) 0,981 Número de pacientes com Cv, n (%) 9,00 (28,10) 21,00 (58,30) 21,00 (65,60) 0,006 Número de pacientes com TV, n (%) 3,00 (9,40) 11,00 (30,60) 12,00 (37,50) 0,028 Cv: couplet ventricular; TV: taquicardia ventricular. Os dados estão apresentados como média ± DP ou n (%). Os valores p estatisticamente significativos estão mostrados em negrito. *Os testes de ANOVA e χ 2 foram realizados para estudar as diferenças entre os três grupos. one‑way . O teste de Tukey post hoc foi empregado para verificar as diferenças significativas intergrupos. Os fatores categóricos foram comparados entre grupos por meio do teste de χ 2 para independência. As correlações entre as duas variáveis foram realizadas por meio da correlação de Pearson. A análise de regressão linear múltipla foi utilizada para avaliar a associação entre a carga de CVP aumentada e variáveis independentes que se diferiam significativamente nas análises de correlação de Pearson (p < 0,1). Fez-se uma análise de regressão logística multivariada para demonstrar o efeito da presença de doença arterial coronariana (DAC) nos parâmetros de ECG. Foram considerados significativos valores p < 0,05. Resultados As características laboratoriais e demográficas da linha basal dos três grupos estão resumidas na Tabela 1. Não foi encontrada diferença significativa entre os três grupos com relação às características laboratoriais ou demográficas da linha basal. Alguns parâmetros da ECG ambulatorial e da linha basal entre os grupos são mostrados na Tabela 2. De acordo com a comparação dos parâmetros de ECG entre os três grupos na derivação V2, o intervalo QT foi significativamente mais longo nos grupos 2 e 3 do que no grupo 1. O intervalo Tp-e no grupo 3 foi significativamente mais longo do que nos grupos 1 e 2. A relação Tp-e/QTc aumentou significativamente nos grupos 2 e 3 em comparação com o grupo 1. Quando os grupos foram comparados, não houve diferença significativa no intervalo QTc nem na relação Tp-e/QT (Tabela 2). Segundo a comparação dos parâmetros de ECG entre os três grupos na derivação V5, o intervalo QT foi significativamente mais longo no grupo 3 do que no grupo 1. O intervalo Tp-e foi significativamente mais longo no grupo 3 do que nos grupos 1 e 2. A relação Tp-e/QTc estava significativamente aumentada no grupo 3 quando comparada ao grupo 1. Quando os grupos foram comparados, não foi encontrada diferença significativa no intervalo QTc nem na relação Tp-e/QT (Tabela 2). No total, 28 pacientes tinham DAC (7, 10 e 11 pacientes nos grupos 1, 2 e 3, respectivamente). Lesões não graves que não causaram estreitamento significativo estavam evidentes nos relatórios angiográficos. A presença de DAC foi maior no grupo 3 do que nos grupos 1 e 2, mas não foi observada significância estatística (p = 0,538). Na análise de regressão logística multivariada, a DAC não teve efeito nos parâmetros da ECG. Observou-se Cv em51 pacientes (9, 21 e 21 pacientes nos grupos 1, 2 e 3, respectivamente) e TV em 26 pacientes (3, 11 e 12 pacientes nos grupos 1, 2 e 3, respectivamente). A duração QTd do grupo 3 foi significativamentemais longa do que aquelas nos grupos 1 e 2 (p = 0,001, p = 0,015, respectivamente). De acordo com o teste de correlação de Pearson, foram observadas correlações positivas entre a carga CVP e Tp-e (nas derivações V2 e V5) e Tp-e/QTc (nas derivações V2 e V5) 536

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