ABC | Volume 110, Nº6, Junho 2018

Artigo Original Catharina et al Síndrome metabólica na hipertensão Arq Bras Cardiol. 2018; 110(6):514-521 Tabela 1 – Características gerais de pacientes hipertensos com e sem síndrome metabólica Pacientes com SM (n = 157) Pacientes sem SM (n = 79) Valor de p Dados clínicos Idade (anos) 63 (56 – 70) 65 (56 – 71) 0,39 Raça branca (%) 122 (77) 52 (65) 0,05 Gênero feminino (%) 106 (67) 47 (59) 0,23 IMC (kg/m 2 ) 31 (27 – 34) 26 (23 – 28) < 0,01 CC (cm) 100 ± 13 89 ± 12 < 0,01 MM (Kg) 54 (46 – 62) 52 (44 – 63) 0,13 MG (Kg) 24 (19 – 31) 17 (13 – 23) < 0,01 ACT (%) 74 (72 – 75) 73 (72 – 75) 0,03 TMB (kcal/dia) 1672 (1436 – 1947) 1616 (1369 – 1954) 0,23 PAS consultório (mmHg) 142 (134 – 150) 146 (132 – 154) 0,39 PAD consultório (mmHg) 82 (75 – 89) 82 (80 – 88) 0,44 FC consultório (bpm) 67 (61 – 76) 64 (58 – 72) 0,01 PAS MAPA 24h (mmHg) 128 (118 – 139) 129 (118 – 136) 0,78 PAD MAPA 24h (mmHg) 77(70 – 81) 78 (70 – 86) 0,28 FC MAPA (bpm) 64 ± 14 64 ± 13 0,94 PA consultório não controlada (%) 96 (61) 48 (60) 0,97 LOAs MA ≥ 30 (mg.g –1 ), n (%) 31 (20) 3 (4) < 0,01 VOP ≥ 10 (m.s –1 ), n (%) 68 (43) 35 (44) 0,94 HVE, n (%) 83 (53) 44 (55) 0,96 Medicamentos Anti-hipertensivos (total) 3 (2 – 4) 3 (2 – 4) 0,27 Diuréticos, n (%) 123 (78) 64 (80) 0,75 BCCs, n (%) 112 (71) 42 (52) < 0,01 IECAs, n (%) 36 (22) 26 (32) 0,13 ARAs, n (%) 108 (69) 48 (60) 0,27 Betabloqueadores, n (%) 67 (43) 28 (35) 0,39 Espironolactona, n (%) 33 (21) 8 (10) 0,06 α-agonista central, n (%) 24 (15) 8 (10) 0,37 Antidiabéticos orais, n (%) 90 (57) 16 (20) < 0,01 Estatinas, n (%) 111 (70) 51 (63) 0,41 Drogas antiplaquetárias, n (%) 67 (43) 23 (29) 0,06 Valores expressos em média ± desvio padrão ou mediana (1º, 3º quartis), de acordo com a distribuição dos dados. As variáveis contínuas foram comparadas pelo teste t de Student não pareado ou o teste de Mann-Whitney, de acordo com a distribuição dos dados. As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste de qui‑quadrado. IMC: índice de massa corporal; CC: circunferência da cintura; MM: massa magra; MG: massa de gordura; ACT: água corporal total; TMB: taxa metabólica basal; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; FC: frequência cardíaca; MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; HVE: hipertrofia ventricular esquerda; MA: microalbuminúria; LOAs: lesões de órgãos-alvo; VOP: velocidade de onda de pulso; BCCs: bloqueadores de canal de cálcio; IECAs, inibidores de enzima conversora de angiotensina; ARAs, antagonista de receptor de angiotensina II. A hipoadiponectinemia e a hiperleptinemia são comumente encontradas em paciente obesos hipertensos. Estudos prévios encontraram uma associação inversa entre os níveis de adiponectina e albuminúria de baixa gravidade em pacientes comhipertensão essencial 19 e HR. 20,21 Resultados similares foram encontrados em estudos experimentais. Ratos knockout para adiponectina apresentam níveis aumentados de albuminúria (duas vezes maior que os valores normais) e, após reposição da proteína, a albuminúria retornou aos níveis normais. 22 A hiperleptinemia é outro fator de risco independente para doença arterial coronariana 23 e um forte preditor de infarto agudo do miocárdio. Além disso, a leptina tem grande capacidade de ativar o sistema nervoso simpático, associada comaumento na PA e taquicardia, o que contribui para a hipertensão relacionada à 517

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