ABC | Volume 110, Nº5, Maio 2018

Artigo de Revisão Ybarra et al ICP em CTO Arq Bras Cardiol. 2018; 110(5):476-483 Figura 1 – Escore J-CTO: escore angiográfico utilizado para estimar a probabilidade de sucesso do procedimento. São 5 variáveis analisadas: tipo da capa proximal (afilada ou romba), presença de calcificação em oclusões coronárias totais crônicas (CTO), presença de angulação maior de 45 graus dentro do segmento da CTO, comprimento da oclusão (maior ou igual a 20mm) e tentativa prévia de abordagem sem sucesso. O grau de dificuldade do procedimento aumenta quanto maior for o escore J-CTO. 16 Afilada Romba (0) (1) Forma da entrada Ausência Presença (0) (1) Calcificação Ausência Presença (0) (1) Angulação > 45º < 20 mm ≥ 20 mm (0) (1) Comprimento da oclusão Não Sim (0) (1) Lesão de reentrada Variáveis e definições J-CTO SCORE SHEET Afilada Romba Calcificação Angulação > 45 graus Comprimento da oclusão Lesão de reentrada Independentemente da gravidade, atribui-se 1 ponto se qualquer calcificação evidente seja detectada no segmento CTO. Entrada com qualquer extremidade ou furo afilado, indicando a direção do lúmen verdadeiro, é categorizada como “afilada”. ponto ponto ponto ponto ponto pontos Total Atribui-se um ponto se a angulação > 45 graus for detectada dentro do segmento CTO. Qualquer tortuosidade separada do segmento CTO será excluída desta avaliação. Utilizando boas imagens colaterais, tente medir a “verdadeira” distância da oclusão, que tende a ser mais curta do que a primeira impressão. Essa é uma lesão de reentrada (segunda tentativa)? (houve tentativa anterior, mas que falhou) Categoria de dificuldade (ponto total) fácil difícil intermediária muito difícil (0) (2) (1) (≥ 3) Version 1.0 Calcificação evidente angiográfica Dentro do segmento CTO Segmento CTO > 45° Na entrada CTO Na rota CTO Angulação > 45º dentro da rota CTO Rota CTO estimada Colateral Comprimento da oclusão verdadeiro no lúmen verdadeiro pode ser obtida através da técnica de “fios paralelos” (menos utilizada atualmente) ou do uso de um sistema dedicado de reentrada. Técnica anterógrada de dissecção e reentrada Dissecção e reentrada estão relacionadas ao uso intencional do espaço subintimal para o cruzamento da oclusão, estratégia que deve ser considerada quando a extensão de CTO é superior a 20 mm. Estratégias para provocar dissecções limitadas e controladas parecem ter melhores resultados em curto e longo prazos, quando comparadas àquelas que causam extensas dissecções. 24-26 A dissecção controlada pode ser alcançada com micro cateteres dedicados que criam um plano de dissecção limitado. A reentrada é obtida com o auxílio de um balão específico para esse fim. Um estudo recente demonstrou que o uso de equipamentos dedicados foi associado a menores taxas de eventos cardiovasculares maiores (MACE) (4,3 vs . 15,4%, p = 0,02) e de revascularização do vaso alvo (3,1 vs . 15,5%, p = 0,02) quando comparados a técnicas mais antigas. 27 Técnica retrógrada A abordagem retrógrada para o cruzamento de CTO pode aumentar significativamente as taxas de sucesso, particularmente em lesões mais complexas. É considerada a estratégia de primeira linha quando a capa proximal é ambígua, a zona de reentrada anterógrada não é adequada ou a capa distal termina em uma bifurcação. O cruzamento retrógrado por enxertos (em especial os venosos) e por colaterais septais são preferidos aos colaterais epicárdicos por serem mais fáceis de atravessar e por apresentar um menor 478

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