ABC | Volume 110, Nº5, Maio 2018

Artigo Original Oliveira et al Exercício na insuficiência cardíaca aguda Arq Bras Cardiol. 2018; 110(5):467-475 Figura 1 – Distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos no Dia 1 (D1) e no Dia 10 (D10) nos grupos que realizaram exercício combinado com ventilação não invasiva (EX+VNI) e exercício com ventilação placebo (EX+Sham) e que não realizaram exercício (Controle). Círculos abertos: distância individual alcançada no D1 e no D10. Quadrado fechado: média e desvio padrão da distância em D1 e D10; * p < 0,05 vs. Controle; † p < 0,05 vs. EX+Sham; ‡ p < 0,05 vs. D1. A B C 500 400 300 200 100 0 500 400 300 200 100 0 500 400 300 200 100 0 Teste de caminhada de 6 minutos (m) Teste de caminhada de 6 minutos (m) Teste de caminhada de 6 minutos (m) Controle EX+Sham EX+VNI D1 D10 *†‡ *‡ Nosso estudo levanta novas questões sobre o exercício na IC aguda. Outros protocolos de estudo devem ser realizados para confirmar nossos dados, incluindo desfechos clínicos tais como morte e piora da IC, outras modalidades de exercício (treinamento muscular inspiratório, treinamento resistido, etc.), e como realizar a prescrição de exercício aeróbico na IC aguda, conforme demonstrado na IC crônica. 33 Implicações clínicas Nosso estudo fornece evidências da importância do exercício aeróbico durante a hospitalização em pacientes com IC aguda. Os achados sobre segurança, tempo de hospitalização reduzido e maior tolerância ao exercício sugerem o exercício aeróbico como uma nova ferramenta no tratamento de IC aguda, combinada com terapia clínica padrão. Além disso, a melhora observada do exercício aeróbico quando associado a VNI, reforça a relevância de nosso estudo, e abre novos desafios para investigar os mecanismos dessa estratégia que contribui para melhores desfechos clínicos em pacientes com IC descompensada. Conclusão O exercício aeróbico é seguro, melhora a tolerância ao exercício e reduz o tempo de internação hospitalar de pacientes com IC descompensada. Ainda, a VNI pode melhorar a eficácia do exercício aeróbico nesses pacientes. 472

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