ABC | Volume 110, Nº4, Abril 2018

Artigo Original Associação da Contagem de Monócitos na Internação com a Carga Trombótica Angiográfica em Pacientes com Infarto com Supradesnivelamento do Segmento ST Submetidos à Intervenção Coronária Percutânea Primária Association of Monocyte Count on Admission with the Angiographic Thrombus Burden in Patients with ST‑Segment Elevation Myocardial Infarction Undergoing Primary Percutaneous Coronary Intervention Zuoyan Wang, Na Liu, Lihui Ren, Licheng Lei, Huiming Ye, Jianjun Peng Beijing Shijitan Hospital - Capital Medical University, Beijing Shi - China Correspondência: Jianjun Peng • Departamento de Cardiologia, Hospital Pequim Shijitan, Universidade Médica Capital.No.10 Road Tieyi, Distrito de Haidian, Pequim, 100038, China. E-mail: pjj0630@163.com , zuoyanwang@163.com Artigo recebido em 25/02/2017, revisado em 16/10/2017, aceito em 18/10/2017 DOI: 10.5935/abc.20180034 Resumo Fundamento: A carga trombótica intracoronária durante a intervenção coronária percutânea primária em pacientes com Infarto com Supradesnivelamento do Segmento ST (STEMI) pode levar a resultados negativos.Os monócitos foram descritos para desempenhar um papel importante nos distúrbios trombóticos. Objetivos: Este estudo investigou a relação entre a contagem de monócitos no momento da internação e a carga trombótica angiográfica intracoronária em pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea primária (ICPP). Métodos: Um total de 273 pacientes com STEMI agudo submetidos à ICPP participaram. Os pacientes se dividiram em dois grupos de acordo com o grau trombótico na trombólise do infarto do miocárdio (TIMI): grupo baixa carga trombótica, com graus de 0–2, e grupo alta carga trombótica, com graus de 3-4. A contagem de monócitos e outros parâmetros laboratoriais foram medidos na internação antes da ICPP. Consideramos o valor de p < 0,05 significativo. Resultados: Havia 95 pacientes (34,8%) no grupo alta carga trombótica, e 178 pacientes (65,2%) no grupo baixa carga trombótica. Pacientes com alta carga trombótica apresentaram contagem de monócitos no momento da internação mais alta (0,61 ± 0,29×10 9 /L vs. 0,53 ± 0,24×10 9 /L, p = 0,021). Na análise multivariada, a contagem de monócitos foi o indicador independente da alta carga trombótica angiográfica (odds ratio 3,107, intervalo de confiança de 95% [IC] 1,199–7,052, p = 0,020). Para a previsão da alta carga trombótica angiográfica, a contagem de monócitos na internação tinha ponto de corte de 0,48×10 9 /L, chegou a 0.59 ROC-AUC (71,9% sensibilidade, 46,9% especificidade). Conclusões: a contagem de monócitos na internação foi um indicador clínico independente da alta carga trombótica em pacientes com STEMI submetidos à ICPP. Nossos achados sugerem que a contagem de monócitos na internação pode estar disponível para a estratificação de risco precoce da alta carga trombótica em pacientes com STEMI agudo, e podem levar à otimização da terapia antitrombótica para melhorar os resultados da ICPP. (Arq Bras Cardiol. 2018; 110(4):333-338) Palavras-chave: Infarto do Miocárdio; Intervenção Coronária Percutânea/métodos; Trombose Coronária/diagnostic por Imagem; Monócitos. Abstract Background: The intracoronary high-thrombus burden during the primary percutaneous coronary intervention in patients with ST-elevation myocardial infarction (STEMI) can lead to poor outcomes. Monocytes have been described to play an important role in thrombotic disorders. Objectives: This study aimed to investigate the relationship between admission monocyte count and angiographic intracoronary thrombus burden in patients receiving primary percutaneous coronary intervention (PPCI). Methods: A total of 273 patients with acute STEMI who underwent PPCI were enrolled. The patients were divided into two groups according to the thrombolysis in myocardial infarction (TIMI) thrombus grade: low-thrombus burden group with a grade of 0–2 and high-thrombus burden group with a grade of 3-4. The monocyte count and other laboratory parameters were measured on admission before PPCI. P-value < 0.05 was considered significant. Results: There were 95 patients (34.8%) in the high-thrombus burden group, and 178 patients (65.2%) in the low-thrombus burden group. Patients with high-thrombus burden had significantly higher admission monocyte count (0.61 ± 0.29×10 9 /L vs. 0.53 ± 0.24×10 9 /L, p = 0.021). In multivariate analysis, monocyte count was the independent predictor of angiographic high-thrombus burden (odds ratio 3.107, 95% confidence interval [CI] 1.199–7.052, p = 0.020). For the prediction of angiographic high-thrombus burden, admission monocyte count at a cut-off value of 0.48×10 9 /L yielded 0.59 ROC-AUC (71.9% sensitivity, 46.9% specificity). Conclusions: Monocyte count on admission was an independent clinical predictor of high-thrombus burden in patients with STEMI undergoing PPCI. Our findings suggest that admission monocyte count may be available for early risk stratification of high-thrombus burden in acute STEMI patients and might allow the optimization of antithrombotic therapy to improve the outcomes of PPCI. (Arq Bras Cardiol. 2018; 110(4):333-338) Keywords: Myocardial Infarction; Percutaneous Coronary Intervention/methods; Coronary Thrombosis/diagnostic imaging; Monocytes. Full texts in English - http://www.arquivosonline.com.br 333

RkJQdWJsaXNoZXIy MjM4Mjg=